(nadia_bormotova/Getty Images)
Luísa Granato
Publicado em 18 de julho de 2020 às 09h00.
Após meses de quarentena, as pessoas podem até sentir falta do almoço ou a pausa para o café com os colegas de trabalho, mas não existe tanta pressa para retornar aos escritórios.
Nas redes sociais, 54% demonstra um sentimento negativo em relação à volta para o trabalho presencial. A análise foi feita pela plataforma Stilingue em parceria com a agência de comunicação In Press Oficina, que interpretou 84,4 mil menções no Twitter, Facebook, YouTube e Instagram entre março e junho deste ano.
A plataforma é líder no Brasil no uso de inteligência artificial em português. Eles monitoram as redes sociais e conseguem interpretar as menções feitas pelos usuários.
Segundo o levantamento, no último mês, a volta ao escritório foi o tema favorito do público. Mesmo com a maioria preferindo ficar em casa, 23% dos comentários eram positivos e 23%, neutros. A preocupação em retornar foi muito atrelada à remuneração e voltar a ter o salário integral.
O tema também trouxe à tona lembranças da antiga rotina, com usuários falando da possibilidade de frequentar academias, shoppings e faculdade.
Março - Medo e pânico ligados a cenário de desemprego
Abril - solidão do trabalho remoto acompanha o medo da pandemia
Maio – aumenta a solidão e ansiedade por causa do isolamento. Aparece destaque para a expressão “eu não aguento mais”
Junho - Solidão, medo e ansiedade permanecem, agora com saudades da antiga rotina e contato com colegas
Ao falar sobre a volta ao escritório, 30% destacaram a preocupação com medidas de segurança e 9% mencionavam o transporte público. A expressão “pegar ônibus” aparece diretamente relacionada a “medo”.
● Uso de máscara (29%)
● Disponibilização de álcool em gel (10,1%)
● Distanciamento entre pessoas (8,6%)
● Fortalecimento de processos de higienização, limpeza e desinfecção de áreas comuns (7,6%)
● Medição de temperatura dos colaboradores presentes (3%)
● Disponibilização de proteção individual como luvas e protetores de calçados (1,4%)