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Toda dívida tem uma história, conta jovem do Emprego dos Sonhos do Serasa

Ela conquistou o Emprego dos Sonhos, concorrendo com 122 mil candidatos. Confira como foi seu ano de viagens pelo Brasil:

Débora Mara Bucco: “Não sou mais a mesma Débora de um ano atrás”, ela conta (Serasa/Divulgação)

Débora Mara Bucco: “Não sou mais a mesma Débora de um ano atrás”, ela conta (Serasa/Divulgação)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 9 de setembro de 2018 às 06h00.

Última atualização em 9 de setembro de 2018 às 06h00.

São Paulo - Após viajar por 44 cidades de todo o Brasil, Débora Mara Bucco está volta a Curitiba. Ela conquistou a vaga do Emprego dos Sonhos do Serasa Consumidor, concorrendo com 122 mil candidatos, e começou sua viagem a trabalho em setembro de 2017.

Agora, ela tem novos sonhos pela frente e muitas histórias para contar. “Não sou mais a mesma Débora de um ano atrás”, ela conta. “Muito além da viagem, a parte mais intensa foi ouvir as histórias das pessoas em relação a suas finanças. A princípio seria só um trabalho, mas foi muito mais”.

A missão de Débora era acompanhar o caminhão do Serasa Itinerante, que cruzou o país levando serviços, assistência e educação financeira para a população, e procurar por histórias interessantes. “Toda dívida sempre tem uma história”, diz.

Porém, não é todo mundo que quer compartilhar seus problemas financeiros com uma desconhecida. Seu maior desafio não foi só encontrar as pessoas, mas fazê-las compartilhar o momentos difíceis de suas vidas. Ouviu relatos comoventes de sonhos abandonados e  histórias de  superação, e fez novas amizades.

É o caso da Dona Sueli, de 72 anos, que foi até o Serasa Itinerante para resolver uma dívida que seu irmão falecido fez em seu nome. Um problema no cadastro acabou levando Débora e uma funcionária do caminhão até sua casa para ajudá-la.

“Ela fez um cafezinho pra gente e ouvimos a história da sua vida inteira. Como ela perdeu seus pais, seu irmão, venceu dois cânceres de mama e agora só queria cuidar de sua filha, que tem uma deficiência. Nós trocamos mensagens até hoje, o aniversário dela foi no mês passado e ela conseguiu pagar sua dívida”, conta Débora.

Histórias como essa foram transformadoras para Débora. Ao acompanhar os problemas de vários brasileiros que passavam pelo caminhão, ela mesma acabou evoluindo muito em sua educação financeira, e agora passo os ensinamentos para os familiares e amigos.

No entanto, seu maior aprendizado foi outro: ela aprendeu a escutar mais e continua com os ouvidos atentos para novas histórias.

“Aprendi muito a escutar as pessoas. Ando na rua e não consigo não parar para as pessoas. Não sei se é um problema, mas quero ajuda a todos de alguma forma. Esse trabalho mexeu com meu lado humano”, fala.

Como uma apaixonada por viagens, Débora conta que foi um privilégio poder viajar pelo Brasil. Antes, ela havia trabalhado em um cruzeiro e visitou 21 países.

Embora não goste de apontar favoritos, ela tem um carinho especial pelo Nordeste, onde passou três meses e se sentiu muito bem recebida. “É muito difícil falar de um lugar específico favorito, mas acho que vivenciei muito intensamente o Nordeste. Foram três meses e adorei a comida, as praias e as pessoas. Sou do Sul, então foi um choque cultural. Agora é como se não fosse mais curitibana, mas estou preenchida de Brasil”, diz.

De volta para Curitiba depois de um ano inesquecível, qual seu próximo passo? Débora ri e fala que essa é a pergunta que mais tem recebido e que não tem uma resposta certa. Ela vai aproveitar seu salário do Emprego dos Sonhos, um total de 100 mil reais e investir em um sonho antigo seu: um intercâmbio.

“Era meu sonho da adolescência, que não tinha dinheiro para realizar e agora se tornou possível. Ano que vem completo 30 anos, acho que é o momento”, fala.

Ela conta também um aprendizado valioso da última entrevista que fez. Na praça da Sé, em São Paulo, conheceu Adalberto, de 42 anos. Ele procurou o Serasa Itinerante para resolver seu problema com uma dívida de de 22 reais.

Adalberto chegou a São Paulo de carona em um caminhão com 50 centavos no bolso e o sonho de ser enfermeiro.

“Ele é um super sonhador, mas a vida deu vários dificuldade e motivos para ele desistir. Aqui em São Paulo, ele mora em albergue e viu a oportunidade de voltar a estudar. Fomos juntos no McDonald’s, onde ele nunca havia comido antes, e ele contou como anda sempre com seu currículo, procurando oportunidades, que vai terminar o terminar o ensino fundamental esse ano e pretende fazer o ensino médio ano que vem. Sem dinheiro para o transporte, ele ia a pé para o curso de cuidador de idosos. Converso com ele todos os dias, ele foi uma surpresa para fechar o ano com chave de ouro. Me mostrou que nada é impossível, não importa o que aconteça, não podemos deixar de sonhar”, conta ela.

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