desemprego (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2014 às 07h23.
Com menos pessoas em busca de uma colocação, a taxa de desemprego do Brasil recuou a 5 por cento em março, menor nível para o mês, ao mesmo tempo em que a renda média da população recuou num cenário de inflação em alta e atividade fraca.
O dado divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, cuja mediana apontava taxa de 5,4 por cento em março, quando foi comemorado o Carnaval.
O desemprego brasileiro medido pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) vinha subindo desde que atingiu a mínima histórica de 4,3 por cento em dezembro de 2013. Em fevereiro, ela havia ficado em 5,1 por cento.
O IBGE informou ainda que a população desocupada chegou a 1,214 milhão de pessoas no mês passado, recuo de 2,4 por cento ante fevereiro e queda de 11,6 por cento sobre um ano antes. Os desocupados incluem tanto os empregados temporários dispensados quanto desempregados em busca de uma chance no mercado de trabalho.
Já a população ocupada diminuiu 0,2 por cento em março na comparação com fevereiro e ficou estável sobre março de 2013, totalizando 22,924 milhões de pessoas.
O IBGE informou ainda que o rendimento médio da população caiu 0,3 por cento no mês passado sobre fevereiro, e avançou 3 por cento sobre um ano antes, atingindo 2.026,60 reais.
Diante do cenário de juros elevados, inflação pressionada e atividade econômica sem fôlego, o bom desempenho do mercado de trabalho é um dos grandes trunfos da presidente Dilma Rousseff, vai tentar a reeleição neste ano.
O IBGE trabalhava para substituir a PME, que leva em consideração dados apurados em apenas seis regiões metropolitanas do país, pela Pnad Contínua, mais ampla e com periodicidade trimestral. Mas a divulgação foi suspensa temporariamente por força de uma lei do ano passado.