Loja de O Boticário (Grupo Boticário/Divulgação)
Luísa Granato
Publicado em 3 de junho de 2020 às 19h15.
Última atualização em 3 de junho de 2020 às 19h19.
“Desde o primeiro momento, preservação de empregos era, e continua sendo sempre, um ponto importante”, fala Artur Grynbaum, CEO do Grupo Boticário no Exame Talks desta quarta-feira, 3, sobre as prioridades da empresa durante a pandemia.
Com a mediação de Sofia Esteves, fundadora e presidente do conselho do Grupo Cia. de Talentos, e André Portilho, head da Exame Academy, o tema da conversa de hoje foi "Liderança com Impacto".
Assim como a Cia. de Talentos, o Grupo Boticário se juntou ao movimento "Não Demita", um comprometimento de empresários e companhias para preservar empregos. Na mesma linha, a ideia também inspirou a entrada na iniciativa "Compre do Bairro", que ajuda pequenos negócios.
Segundo ele, o impacto da empresa na sociedade sempre foi um forte visão do Boticário: "E nesse momento não seria diferente".
Grynbaum foi convidado como embaixador da Rede Brasil para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
“A questão de sustentabilidade e de desenvolvimento sustentável é uma coisa que veio ao longo de nosso tempo, não começa agora”, comenta ele. “Sempre olhamos de forma diferenciada para isso. E com um olhar de que podemos realizar as coisas, mostrar como é e inspirar. Temos uma cadeira grande, onde podemos trazer fornecedores, franqueados e parceiros”.
Para ele, a sustentabilidade não é uma opção, mas uma necessidade. "A questão de legado, não ter crescimento a qualquer custo, ter só a sustentabilidade financeira, mas social e ambiental, de forma conjunta. São coisas que a gente pratica no negócio, desde o começo. Isso faz parte de como a gente pensa e faz a gestão".
Com 34 anos de carreira, Grynbaum conta sobre a memorável primeira promoção da sua vida. De guardador de banca e porteiro na loja do seu pai, com 12 anos ele pediu um aumento de mesada em troca do trabalho de office boy. O pai topou na hora e Grynbaum começou sua maior escola sobre a área. "O varejo raiz, de chão de loja", brinca ele.
Além do pai, seu outro mentor no varejo estava quase na porta ao lado, onde ele sempre marcava presença: a farmácio de manipulação de Miguel Gellert Krigsner, que deu origem ao Grupo Boticário. Aos 17 anos, em 1986, ele entrou na empresa no começo do negócio de franquias, como assistente financeiro.
Para o CEO, o que faz um profissional ter um diferencial é sua sede de aprendizado. Entre viagens e boas leituras, ele aponta que um grande ensinamento para sua carreira veio de um curso com Oscar Motomura, da Amana-Key.
“A evolução da gestão não vem da gestão. Isso me ajudou muito na vida”, conta. Ele fala que aprendeu a olhar os negócios ao seu redor e avaliar seus modelos com a perspectiva da sua empresa no Brasil.
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