Japanese businessperson. (Taiyou Nomachi/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2022 às 09h00.
Última atualização em 9 de setembro de 2022 às 11h04.
A preocupação com o meio ambiente é uma das temáticas mais recorrentes da última década. É comum ligar a TV e se deparar, no noticiário, com os impactos das ações humanas na natureza, a escassez de recursos naturais, além de grupos ativistas falando da importância da preservação. Apesar de o tema ser relevante e recorrente nos dias atuais, nem sempre foi assim.
O problema começou a ser percebido à medida que a população crescia, evoluia, ocupava mais espaços e gastava mais recursos de forma desenfreada. De uma coisa sempre soubemos: os recursos naturais são finitos. Mas foi só a partir da década de 1970 que as preocupações começaram a ganhar força e espaço.
Questionamento sobre as ações das pessoas e, principalmente, das empresas, se tornaram mais comuns. A nova realidade impactava diretamente os grandes negócios, afinal, se não há planeta, não há negócios. Até que transformaram o próprio problema em uma oportunidade.
Foi em uma reunião da ONU em 2004 que o termo ESG surgiu(sigla para Environmental, Social and Governance. Em português: Ambiental, Social e Governança). Na ocasião, o secretário-geral da organização Kofi Annan questionou 55 CEOs de grandes instituições financeiras sobre como o mercado de capitais trataria esses pontos importantes.
Daí em diante, o termo ganhou notoriedade, passou a ser pauta de grandes conferências no mundo e entrou para a agenda de grandes líderes. Até que se tornou a prioridade de 95% das empresas brasileiras e de 48% dos CEOs nacionais, de acordo com a pesquisa “ESG e sua Comunicação nas Organizações no Brasil” realizada pela Aberje. Agora, as empresas não só estão preocupadas em implementar ESG como estão desesperadas em fazê-lo com urgência.
Isso porque além da preservação em si ser uma ação essencial, a cobrança da sociedade também tem crescido, e empresas que não se comprometem com questões ambientais, sociais e de governança perdem clientes, parcerias e fornecedores. Ou seja, o resultado é um aumento de demanda por profissionais que entendam o que é o ESG e pensem em como aplicá-lo nos diferentes tipos de negócios.
Basta considerar a lei da oferta e da demanda para entender a grande quantidade de vagas em ESG abertas. Se por um lado as empresas estão em busca de profissionais qualificados, por outro, esses profissionais ainda são muito escassos. De acordo com um levantamento do CFA Institute, menos de 1% dos profissionais de investimentos do LinkedIn possuem a qualificação necessária para atuar na área.
Segundo relatório da consultoria britânica GlobalData, as vagas em ESG aumentaram 98% no último ano, passando de 531 postos em maio de 2021 para 1.049 em maio deste ano.
Basta uma rápida pesquisa em sites de vagas de emprego para encontrar diversas oportunidades para atuar com ESG. Confira algumas a seguir:
De acordo com o Glassdoor, plataforma que reúne vagas de emprego e permite que funcionários informem seus salários e benefícios de forma anônima, o salário médio nacional de um gerente em sustentabilidade é de R$ 19 mil por mês. No entanto, em uma pesquisa rápida pelo site é possível encontrar salários que chegam quase aos R$ 30 mil. Confira alguns exemplos abaixo:
-
Possuir experiência não é uma das exigências para trabalhar com ESG, mas entre os pré-requisitos da vaga está algum nível de especialização na área, que podem ir de cursos livres a MBAs. Ou seja, quem estiver disposto a estudar e se aprofundar no assunto, independentemente da área de atuação, tem a oportunidade de alcançar cargos e salários promissores.
Pensando em ajudar quem quer se preparar para esta oportunidade, a EXAME preparou a série gratuita Carreira em ESG, com a especialista no assunto e diretora de ESG da EXAME, Renata Faber, que já acumula anos de experiência no setor.
Transmitido de maneira virtual, o treinamento será composto de quatro encontros, que acontecerão entre os dias 12 e 20 de setembro. Ao final das aulas, todos os participantes receberão um certificado de participação para incluir no currículo.
Descubra como migrar para uma das carreiras que mais crescem atualmente. Reserve a sua vaga!
Dentre os temas abordados ao longo da série, estão a definição aprofundada do que é ESG, reflexões sobre como o tema impacta o mercado e a economia e, claro, os caminhos para construir uma carreira promissora na área “Vou mostrar como é possível conquistar um trabalho com propósito real aliado a salários mais altos e mostrar o mapa para construir uma carreira em ESG”, promete Renata.