Igualdade: em abril, pela 1ª vez, empresas e órgãos públicos do Reino Unido foram obrigados a publicar análise da diferença entre a remuneração média entre homens e mulheres (Pexels/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2019 às 06h00.
Última atualização em 26 de março de 2019 às 06h00.
As empresas do Reino Unido ainda estão lidando com o relatório obrigatório sobre a diferença de remuneração entre os gêneros, que entrou em vigor no ano passado e revelou uma disparidade generalizada nos salários e bônus de homens e mulheres. Agora, o governo britânico poderia exigir que elas analisem do mesmo modo a remuneração de trabalhadores de diferentes etnias.
Uma pesquisa realizada pela PricewaterhouseCoopers com 80 grandes organizações revelou que 95 por cento não tinham analisado as diferenças salariais entre os grupos étnicos, sendo que três quartos afirmaram não ter dados para isso. O receio de que não seja legal coletar informações sobre etnia e as preocupações relativas à proteção de dados foram os motivos mais citados para não fazê-lo, assim como as baixas taxas de resposta dos funcionários, as dificuldades de comunicação sobre o processo e os receios dos trabalhadores com a confidencialidade.
"Esta será uma tarefa mais complexa do que o relatório sobre as diferenças salariais entre os gêneros", segundo o relatório. As empresas "precisarão criar um ambiente de confiança em que os funcionários estejam dispostos a fornecer seus dados e acreditem que essas informações serão usadas para gerar mudanças positivas".
No último mês de abril, pela primeira vez as empresas e os órgãos públicos do Reino Unido foram legalmente obrigados a publicar uma análise da diferença entre a remuneração média recebida por homens e mulheres de sua força de trabalho. Mais de 75 por cento das 10.000 firmas do Reino Unido que informaram suas disparidades salariais pagavam mais aos homens do que às mulheres. Agora, o governo estuda a possibilidade de exigir relatórios obrigatórios relativos à etnia para expor as diferenças salariais para cidadãos "negros, asiáticos e de minorias étnicas".
Uma consulta pública terminou em janeiro e algumas empresas, incluindo a PwC, a Deloitte, a KPMG e a emissora ITN, decidiram divulgar voluntariamente seus próprios números.