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Saúde mental, engajamento ou produtividade? Qual será o principal desafio dos líderes em 2024?

A 26ª edição do Índice de Confiança Robert Half mostra quais são as maiores preocupações dos gestores para este ano

Assegurar a motivação da equipe era a principal preocupação dos gestores em 2023. Neste ano a prioridade é outra  (Divulgação: VioletaStoimenova/Getty Images)

Assegurar a motivação da equipe era a principal preocupação dos gestores em 2023. Neste ano a prioridade é outra (Divulgação: VioletaStoimenova/Getty Images)

Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 13h40.

Última atualização em 18 de janeiro de 2024 às 11h13.

Para 2024, os desafios para os gestores são diversos, mas alguns se destacam e demandam atenção cuidadosa por parte dos gestores.

A lucratividade é a principal preocupação, com 48% dos líderes buscando gerar mais valor, gastando menos. Já a garantia de maior produtividade é prioridade para 45% dos gestores, que desejam cumprir tarefas de maneira mais eficiente. Para finalizar o top 3, a retenção de bons profissionais também é uma preocupação constante, com 41% dos entrevistados temendo a perda de talentos para o mercado.

As 5 principais preocupações dos gestores:

  • Lucratividade: 48%
  • Produtividade: 45%
  • Retenção de profissionais: 41%
  • Bem-estar, saúde mental e qualidade de vida: 30%
  • Atração de talentos: 30%

“Enquanto a lucratividade, a maior inquietação, está associada a uma complexa combinação de fatores internos e externos, nacionais e globais, garantir produtividade e reter bons profissionais são metas mais acessíveis para empregadores e empregados”, afirma Lucas Nogueira, diretor regional da Robert Half.

Esses são dados da 26ª edição do ICRH, sondagem conduzida pela Robert Half com base na percepção de 1.161 profissionais, divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas ou que têm participação no preenchimento das vagas); profissionais qualificados empregados; e profissionais qualificados desempregados (com 25 anos ou mais e formação superior).

A prioridade mudou de 2022 para 2023

No início de 2023, a principal preocupação dos executivos para o novo ciclo era assegurar a motivação da equipe, com cerca de 50% das respostas, e não a lucratividade, afirma Mantovani, que reforça que para explicar essa mudança, é preciso fazer uma contextualização.

“No decorrer de 2022, as empresas recrutaram profissionais para repor seus times. Com as equipes montadas, houve a preocupação de motivar essas pessoas, imaginando que no decorrer de 2023 a economia e os indicadores pudessem voltar aos patamares de normalidade, ou pelo menos mais positivos, ocasionando o crescimento natural das empresas. Entretanto, especialmente entre as economias dos países ditos desenvolvidos, observamos uma taxa de inflação alta e uma taxa de juros também elevada,” diz Nogueira.

Como estimular a produtividade do time?

O estímulo da produtividade envolve a adoção de estratégias diversificadas, como metas e implantação de tecnologias modernas.

“Primeiramente, é crucial contar com um diagnóstico atualizado, que estabeleça métricas e metas (semanais e mensais) para compreender o desempenho das equipes e identificar pontos de melhoria. A implementação de tecnologias modernas é outra chave para impulsionar a produtividade, uma vez que funcionários proficientes nessas ferramentas têm meio caminho andado para produzir mais e melhor”, afirma Nogueira.

Outro ponto relevante, segundo o executivo, é apostar na potência de líderes inspiradores.

“Gestores que proporcionam autonomia e servem como exemplo positivo no dia a dia, motivando os liderados a se sentirem mais confiantes para assumir desafios e riscos, tendem a atingir maior engajamento e melhores resultados.”

Como reter os bons profissionais este ano?

Para manter a competitividade nesse cenário, o desafio é diário, diz Nogueira, que destaca oportunidades de crescimento e benefícios como alguns dos fatores de retenção de talentos.

“Hoje, é fundamental que as empresas invistam em políticas claras de trabalho e possibilitem oportunidades de crescimento. Incentivar a transparência das lideranças e a busca constante por ambientes mais saudáveis, atentos às demandas de flexibilidade dos profissionais, também é primordial. Além, é claro, de bons pacotes de benefícios e remuneração, condizentes com as médias praticadas pelo mercado.”

Quais são os outros receios dos recrutadores?

Além desses pontos, os recrutadores entrevistados no ICRH também apontaram apreensão com:

  • Remuneração (ter salários e benefícios competitivos): 25%,
  • Tecnologia (compreender as evoluções e usá-la a seu favor): 24%,
  • Carreira (como desenvolver e oferecer oportunidades de carreira aos colaboradores): 17%,
  • Modelos de trabalho (adaptar e evoluir no modelo adotado): 15%,
  • Informações de mercado (o que está acontecendo no mercado que apoiar na estratégia): 13%,
  • ESG (diversidade, sustentabilidade e governança): 9%.

“Todos esses tópicos são extremamente relevantes e interligados de alguma maneira. Uma empresa lucrativa requer equipes produtivas, que demandam bem-estar, oportunidades de crescimento e tecnologia, em sintonia com informações de mercado”, afirma Nogueira.

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