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Quer treinar seu cérebro para aprender inglês? Veja as dicas da professora

Nunca é tarde para começar a estudar idiomas e é preciso saber aprender! Professora de idiomas dá dica para melhor o aprendizado:

Inglês: uma boa técnica é estabelecer metas semanais para inserir as palavras novas em nosso discurso (Jasmin Merdan/Getty Images)

Inglês: uma boa técnica é estabelecer metas semanais para inserir as palavras novas em nosso discurso (Jasmin Merdan/Getty Images)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 13 de outubro de 2018 às 06h00.

Última atualização em 13 de outubro de 2018 às 06h00.

Nosso cérebro é a ferramenta mais importante no processo de aprendizagem de um idioma estrangeiro. Ele é constituído por uma enorme rede de neurônios.

Cada neurônio é capaz de se conectar a dezenas de milhares de outros neurônios, ou seja, possibilidades infinitas de conexões e, quanto mais usamos, mais aprendemos coisas novas, melhor nosso cérebro fica. Então, nunca é tarde para começar a estudar idiomas e é preciso saber aprender.

Os neurônios fazem e desfazem conexões ininterruptamente. Aí está uma informação chave: o cérebro funciona muito bem através de associação de ideias. Em termos de memória, podemos dizer que, quando aprendemos palavras novas, formam-se conexões fortes e numerosas. Isso faz com que os caminhos para acessar essas palavras sejam muito curtos e rápidos.

Em contrapartida, as conexões entre os neurônios se enfraquecem caso não sejam usadas frequentemente. O cérebro faz uma faxina inteligente, joga fora aquilo que não usa ou usa muito pouco.

Se não estudamos, revisamos e aplicamos regularmente todo o conteúdo visto nas aulas, fica difícil estruturar as frases e falar com desenvoltura. Desta forma, uma boa técnica é estabelecer metas semanais para inserir as palavras novas em nosso discurso até que façam parte do banco de dados do inglês.

Nós temos um banco de dados incrível do português que contém sons, palavras e estruturas gramaticais já automatizadas pela exposição e uso constante desde que nascemos.

Quando aprendemos um novo idioma, o conteúdo desse banco de dados não tem nenhum referencial e o cérebro traz os sons, ou seja, a pronúncia desse idioma para essa base de dados, para as conexões neurais existentes. O mesmo acontece com as estruturas gramaticais e vocabulário.

O cérebro usa a língua materna como filtro para pronunciar palavras e também formar frases. Temos de caminhar pelo mapa não explorado de outro idioma e aceitar que vamos cometer muito erros no processo de aprendizagem.

O cérebro humano é um consumidor voraz de energia. Ele ocupa apenas 2% aproximadamente da massa corporal. No entanto, usa mais de um quinto da energia do corpo.

Ao criar novas conexões neurais, isto é, parâmetros em um novo banco de dados, consome ainda mais energia. Como provoca cansaço mental, isso explica a tentação de muitos alunos quererem usar português em aula. É mais rápido, fácil e menos desgastante.

Se quiser estudar mais sobre como aprender idiomas estrangeiros e melhorar a memória, assista a essas palestras do TED:

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Lígia Velozo Crispino, fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas. Graduada em Letras e Tradução pela Unibero. Curso de Business English em Boston pela ELC. Coautora do Guia Corporativo Política de Treinamento para RHs e autora do livro de poemas Fora da Linha. Colunista do portal Vagas Profissões. Organizadora do Sarau Conversar na Livraria Martins Fontes.

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