Como começar a investir: aprenda o passo a passo (eternalcreative/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2020 às 12h00.
Última atualização em 6 de janeiro de 2020 às 13h00.
Por que o céu é azul? Por que preciso dormir? Por que eu tenho que comer? Por que existe dia e noite? Certamente quem tem filhos ou convive com crianças já foi pego de surpresa por alguma dessas perguntas.
É natural. O questionamento é a base para aquisição de qualquer conhecimento e tudo começa pela curiosidade, pelo desejo em descobrir novas informações e termina em ouvidos bem atentos para absorver o conteúdo aprendido, quer dizer... Será que a curiosidade deve ter um ponto final?
Nosso comportamento, enquanto sociedade, está atravessando rápidas mudanças e as soluções de antes já não servirão mais. O futuro precisa de novas respostas que só serão descobertas por quem ousar duvidar dos modelos atuais, através das perguntas certas.
Sendo assim, o pensamento crítico se tornou uma das habilidades mais importantes para o resgate da inovação no mercado do trabalho.
Por que você escolheu trabalhar com o que faz? Por que você escolheu se relacionar com as pessoas que você mais convive? Por que você confia em determinada pessoa e em outra não? Por que você continua adiando os seus sonhos? Quais são os seus valores que você não abre mão e por que? Além de ideias, sonhos e projetos, quem é você além dos seus desejos, quem você quer ser? Por que?
O quanto perguntas te incomodam? Crescemos em um sistema educacional que permitiu muito pouco o ato de questionar – ou seja, de pensar realmente -, no máximo podíamos perguntar sobre o conteúdo, mas nunca o porquê de se aprender algo, ou pior ainda, trazer alguma questão existencial a cerca de um aprendizado.
Desaprendemos a pensar e nos deparar com provocações críticas costuma incomodar. Precisamos refazer o caminho que as crianças têm na ponta da língua de olhar para tudo como uma grande interrogação ansiosa por ser desvendada.
O quanto você questiona seus atos diariamente? O piloto automático é o inimigo número um do desenvolvimento do raciocínio crítico. Se você não se questiona e não se permite rever sua forma de agir no mundo, dificilmente você levará essa qualidade para a sua vida profissional. Não tenha medo de refletir e sempre que necessário mudar de ideia e começar de novo.
Acreditar que já sabe o suficiente é o segundo vilão dessa habilidade, já que a curiosidade contínua é quem te torna um profissional inquieto e inovador, mas é o medo de mostrar que não sabe algo que te faz permanecer na ignorância e é quem mais te afasta de alcançar o prazer de pensar e desenvolver novas ideias. Se afaste das armadilhas da vergonha e da vaidade!
Desde a Grécia Antiga, a Filosofia nos mostra que a arte de saber questionar é o ponto central para enxergar novos caminhos e que saber perguntar é muitas vezes mais importante até do que a resposta, pois é ela quem move o pensamento crítico, que por sua vez, sempre chega em novas respostas.
Para 2020 eu te desejo dúvidas e coragem para encontrar as respostas. Analise o seu modelo de trabalho, por que ele é feito assim? Como ele pode melhorar? Quais são os maiores desafios da sua empresa e por que eles, ainda, estão lá? Desfrute desse caminho com alegria e diversão, isso te trará ânimo para insistir diante às resistências no ambiente corporativo, já que alguns profissionais persistem em permanecer na era jurássica e têm pavor de serem questionados.
E, lembre-se: se o seu pensamento crítico sozinho já cria revoluções, imagine a potência que pode surgir se você levar essa proposta para reuniões em equipe? Afinal, a nova era do mercado de trabalho também chama por descentralização de poder e compartilhamento de conhecimentos, de foma que a diversidade componha ações mais assertivas e inclusivas.
Boa jornada e bons questionamentos!