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Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2022 às 12h00.
Por Talita Oliveira, professora de inglês e sócia da Companhia de Idiomas
Se você, assim como a grande maioria dos brasileiros, já maratonou a quarta temporada de Stranger Things e está esperando a estréia da próxima parte no dia 1 de julho, com certeza já entendeu a pergunta feita: Quem é o VECNA do seu inglês?
Sem muito spoiler, vimos na série que o Vecna é o grande vilão da temporada e que ele suga e controla a pessoa a partir do mundo invertido…então quem seria o Vecna do seu inglês?
Tudo aquilo que estiver impedindo o seu desenvolvimento, fazendo sua motivação cair, ou mesmo os seus pensamentos e sentimentos ruins em relação ao seu processo de aprendizagem.
Pensando assim, vamos observar uma checklist com possíveis “Vecnas” para que você considere e caso se identifique, possa pensar em caminhos para solucionar:
1. A comparação com outras pessoas
O seu processo de aprendizagem é único, você desenvolveu muitas habilidades durante sua vida e cada pessoa constrói seu processo de forma diferente.
2. A desculpa de não ter tempo
Tempo é algo flexível. Basta parar para pensar em quando você tem um problema ou imprevisto. Você para tudo para resolver, não? Se for uma prioridade, você sempre encontrará tempo. Coloque até na agenda e não deixe de fazer, até que seja um hábito. Identifique também seus excessos, talvez o tempo que falta para o inglês possa estar lá.
3. Tirar toda a diversão do processo e ver tudo como obrigação
Quanto mais você conseguir se divertir com as atividades que envolvem o estudo, menos será a dificuldade de desenvolver o hábito. Afinal, nunca é difícil parar para fazer nossas coisas preferidas, certo?
4. Não revisar e não envolver pessoas no processo
Se você não revisa o que aprende, não tem jeito, vai esquecer! A repetição tem parte importante no processo. Mas é ainda melhor quando você ensina outras pessoas. Pode ser alguém da família, algum amigo… quem você conseguir. Quando ensinamos, tudo fica mais claro para nós mesmos também.
5. Não adotar estratégias de aprendizagem ativa
Ainda que você faça um curso ou tenha um professor, se você acha que vai aprender só na aula…grandes chances de se decepcionar. No seu cotidiano você precisa de momentos reservados para ouvir, ler, anotar, se questionar. Assistir séries/filmes e ouvir músicas, mas anotando algumas ideias quando o objetivo é realmente estudar.
6. Achar que o pouquinho não faz diferença
Se você quer estudar 1 ou 2 horas na semana, mas esse tempo nunca sobra, já pensou em colocar 20-30 minutinhos todo dia no horário em que você rende mais? Ao final de uma semana, o pouco terá feito toda diferença. E no longo prazo, ainda mais!
7. O medo de errar
Você sabe que errar faz parte do processo, mas se continuar se sentindo mal, só saber não será o suficiente. Se questione e perceba que quando você se arrisca, ainda que erre, está se desenvolvendo e está fazendo uma das partes mais importantes. Sem errar e ser corrigido, fica muito mais difícil avançar.
8. Não reconhecer pequenas vitórias
Focar só no objetivo de longo prazo, que pode ser bem vago (ser fluente, por exemplo), pode ser um fator desmotivador. Pense nas suas vitórias semanais, o que não sabia falar e agora está conseguindo, o que não conseguia entender e agora entende. E por aí vai!
9. Achar que não é bom por causa de experiências passadas
No caso de idiomas, muita gente traz alguns traumas de época de escola, ou de momentos em que se comparou demais com os outros ou se cobrou excessivamente. Importante revaliar essas experiências passadas e não deixar com que virem conclusões sobre seu processo atual.
E aí, se identificou com alguns Vecnas da lista?
Então não vale ficar esperando a Eleven te salvar. Lembre-se que você é parte central do seu processo! Só você pode descobrir como gosta de estudar, quais caminhos funcionam melhor para você, o que te motiva e o que te desmotiva. Essa reflexão é importante para pensar no seu projeto de aprender qualquer coisa que seja.
Formada em Letras (Português e Inglês) e mestra em Ensino-Aprendizagem de Língua Estrangeira pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), Talita Oliveira é professora de inglês há 11 anos e trabalha com a criação de cursos em Ambiente Virtual de Aprendizagem na Companhia de Idiomas. Também já foi bolsista Fulbright na Universidade da Georgia, atuando no ensino de Língua Portuguesa. Quer falar com ela? talita.letrasufscar@gmail.com ou Instagram @teachertali
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