Contas de celular, internet e TV por assinatura são alguns dos serviços que podem ser revistos para encontrar opções mais baratas (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2015 às 19h31.
Para a maioria dos economistas e analistas do mercado de trabalho, as expectativas para o próximo ano são ruins. A inflação esperada para 2015 é de 6,75%, e o produto interno bruto deve ter um crescimento tímido — de cerca de 0,2%, de acordo com o último relatório Focus. O ano deve ser de turbulências e de maré baixa para o orçamento doméstico.
Nesse cenário, a tendência é que ocorra uma queda no consumo e nos investimentos, gerando corte de gastos e demissões. Apesar das perdas sociais, por um olhar otimista, pode-se dizer que, no meio empresarial, a crise provoca uma busca por aumento de eficiência, e essa proposta pode ser transportada também para experiências pessoais e resultar em saldos futuros melhores.
Com preços mais altos, juros elevados e crédito mais restrito no mercado, você deve estar bem mais alerta para os gastos pretendidos em cada mês. Os desperdícios no consumo de água e de energia, por exemplo, podem ser minimizados — e se tornar um hábito da família. Mas a redução das despesas não deve parar por aí.
Outras contas, como de celular, internet e TV por assinatura, estão sempre vinculadas a planos supostamente vantajosos no momento da contratação, mas ao longo dos anos não passam por uma revisão. Na hora de cortar gastos, no entanto, pode-se encontrar opções bem mais baratas ou serviços melhores pelo mesmo preço, aumentando, dessa forma, a eficiência para o consumidor.
A pesquisa de preços, que normalmente é deixada de lado pela maior parte dos consumidores, é exigida nesses momentos e pode ser extremamente benéfica no fim das contas. A revisão da real utilidade de cada plano contratado ou dos gastos excessivos com alimentação no dia a dia em restaurantes mais caros, por exemplo, contribui para mudanças efetivas e permanentes nos hábitos.
Apesar de desagradáveis, as crises exigem, para evitar a turbulência, um aperto do cinto que pode acabar sendo providencial para o bem-estar futuro. A incerteza em relação ao orçamento e a redução do poder de compra exigem uma reinvenção e uma readaptação a condições adversas que não necessariamente são ruins, mas que, se bem avaliadas, podem gerar ainda mais prosperidade nos momentos de maior calmaria econômica.