Jovens da Dow: 1 500 treinamentos à disposição deles (Raul Junior/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2013 às 13h16.
São Paulo - A julgar pelas supercadeiras do escritório da nova sede, em São Paulo, é possível ter noção do investimento que faz a Dow quando o assunto é oferecer o que há de melhor para o colaborador mostrar serviço.
Veterana no Guia VOCÊ S/A-EXAME – As Melhores Empresas para Você Trabalhar (anuário também publicado pela revista VOCÊ S/A, da Editora Abril), com participação em todas as 14 edições, a companhia tem um portfólio com mais de 5 000 itens e investe 1 bilhão de dólares por ano em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos.
Também investe, e muito, na formação do pessoal. Para ter uma ideia, há mais de 1 500 cursos e treinamentos online. Basta mudar de área ou ser promovido para receber uma lista com aqueles que são obrigatórios para encarar os novos desafios. É verdade que 90% estão em inglês, mas, por ser uma múlti norte-americana, dominar o idioma é praticamente obrigação por lá.
Além disso, por meio de uma ferramenta interna, o pessoal recebe sugestões de treinamento, seja técnico ou de autoconhecimento, com as competências que vai precisar desenvolver para seguir crescendo na Dow. Há também a possibilidade de conseguir uma bolsa de até 75% para cursos de idiomas, graduação, pós-graduação e MBAs. Tudo atrelado à avaliação anual e ao plano de desenvolvimento traçado em parceria com o gestor.
O jovem na Dow encontra espaço e autonomia para executar suas tarefas e projetos. Não raro, muitos chegam a se surpreender com as responsabilidades que recebem. “Já aconteceu de eu perguntar ao meu gestor se ele tinha certeza de que determinado projeto era para ser tocado por mim mesmo”, conta um membro do time.
Para ajudar a dar conta do recado, é oferecido um programa formal de mentoring e coaching. Na internet, todos têm acesso à ferramenta que auxilia os profissionais a identificar os mentores. Entre os disponíveis, o jovem pode buscar aqueles que têm as competências necessárias para ajudar a impulsionar suas necessidades de desenvolvimento.
Outro ponto valorizado pelos jovens é a flexibilidade de horário, que não é irrestrita nem tampouco uma prática estruturada, mas que facilita a vida de muita gente. Quem trabalha em escritório pode entrar entre 7 e 9 horas da manhã e sair entre 16 e 18 horas.
Se precisar trabalhar de casa, é só combinar com o gestor, afinal, todo mundo tem laptop e acesso remoto à rede da empresa. Apesar disso, a estrutura enxuta acaba resultando em jornadas extenuantes, que comprometem a vida fora da companhia.
Dividir conhecimento é lema na Dow. Todo profissional que entra na organização é apresentado ao presidente e todo líder estrangeiro que visita o Brasil faz palestra para todos os funcionários.
Apesar do ótimo pacote de remuneração, que inclui um bom salário, seguro de vida, assistência médica e odontológica, previdência privada, subsídio para medicamentos, bônus agressivos e condições diferenciadas para que o time adquira ações da empresa, os jovens se ressentem de não poder usufruir melhor do fato de trabalharem em uma multinacional.
Até há possibilidades de o pessoal fazer carreira internacional, mas a política de expatriação é considerada restrita e pouco atraente, principalmente do ponto de vista financeiro.