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Preço médio da refeição completa ultrapassa R$ 50 no Brasil, segundo pesquisa nacional

Capital com refeição mais cara não é São Paulo; veja em quais regiões o VR pode durar menos dias

O preço médio de uma refeição completa no Brasil é de R$ 51,61, representando um aumento de 10,8% em relação ao ano anterior, aponta a pesquisa da ABBT (Zorica Nastasic/Getty Images)

O preço médio de uma refeição completa no Brasil é de R$ 51,61, representando um aumento de 10,8% em relação ao ano anterior, aponta a pesquisa da ABBT (Zorica Nastasic/Getty Images)

Publicado em 2 de agosto de 2024 às 10h10.

Última atualização em 2 de agosto de 2024 às 11h10.

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Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) revelou que o preço médio da refeição completa fora de casa, incluindo bebida, café e sobremesa, ultrapassou R$ 50,00 no Brasil. O preço médio de uma refeição completa no Brasil é de R$ 51,61, representando um aumento de 10,8% em relação ao ano anterior, aponta a pesquisa da ABBT.

O estudo foi conduzido de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos comerciais, totalizando 5.640 preços coletados em 51 cidades das cinco regiões brasileiras.

"A pesquisa é realizada há mais de 20 anos, desde 2003, e é a principal referência sobre preços das refeições na hora do almoço e a mais tradicional pesquisa com essa abrangência em todo o Brasil. Funciona como um termômetro dos preços de alimentação fora do lar praticados pelos restaurantes, bares, lanchonetes e padarias", afirma Lúcio Capelletto, diretor-presidente da ABBT.

A capital mais cara não é São Paulo

As regiões Norte e Centro-Oeste registraram os menores preços, com médias de R$ 45,41 e R$ 45,21, respectivamente, enquanto o Sudeste apresentou o maior valor, chegando a R$ 54,54.

  • Sudeste: R$ 54,54 (+10,6%)
  • Nordeste: R$ 49,09 (+12,7%)
  • Sul: R$ 48,91 (+14,2%)
  • Norte: R$ 45,41 (+7,4%)
  • Centro-Oeste: R$ 45,21 (+8,3%)

Apesar da região Sudeste apresentar a maior média de custo com refeição, entre as capitais, Florianópolis (SC) se destacou com o preço mais alto, atingindo R$ 62,54, o que representa um aumento de 11% em relação ao ano anterior e quase R$ 11,00 acima da média nacional. Em seguida, com os preços elevados, aparecem o Rio de Janeiro (RJ) com R$ 60,46 e São Paulo (SP) com R$ 59,67.

Diferenças regionais são normais e espelham as variações de cada região e/ou município existentes no país, afirma Capelletto. "Os fatores de diferenciação são o desenvolvimento econômico, as tendências sazonais de preços (mudanças climáticas afetam preços), nível de renda dos trabalhadores da região, custos dos estabelecimentos comerciais.  E o turismo é fator determinante."

Tipos de refeição

Os preços médios foram calculados considerando quatro categorias de refeições fora de casa:

  • Comercial Completo: R$ 37,44 (+9,2%)
  • Autosserviço: R$ 47,87 (+10,7%)
  • Executivo: R$ 55,63 (+10,1%)
  • “A la carte”: R$ 96,44 (+19,8%)

Além disso, o custo mínimo de uma refeição básica, composta por arroz, feijão, uma proteína e suco ou fruta, foi estimado em R$ 31,00, com um aumento de 4,7% em relação ao ano passado.

Impacto nos salários

A pesquisa também analisou o impacto do custo das refeições nos salários dos trabalhadores brasileiros, que têm uma média de R$ 3.123,00 conforme dados do IBGE.

  • Alimentar-se com um “prato feito” por 22 dias no mês custa cerca de R$ 678,00, o que representa 21,7% do salário médio.
  • Já uma refeição comercial completa eleva esse custo para R$ 823,68 (26,4% do salário),
  • Enquanto o valor médio das refeições completas chega a R$ 1.135,42, impactando 36,4% no salário médio.

"Essa pesquisa pode ser usada como fonte de informação para as empresas que precisam definir sua política de alimentação ao trabalhador, influenciando diretamente no valor de concessão do benefício, de acordo com a região e/ou município", afirma o diretor-presidente da ABBT.

Importância do Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT)

Os resultados da pesquisa reforçam a relevância do Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT), que incentiva a compra de uma alimentação saudável e de qualidade nutricional. Trabalhadores que utilizam o vale-refeição consomem 43% mais feijão, arroz e salada, além de 33% mais carne, em comparação àqueles que não possuem o benefício.

O PAT, criado em 1976, é um dos programas governamentais de maior sucesso no mundo, beneficiando atualmente mais de 22 milhões de trabalhadores em cerca de 300 mil empresas no Brasil.

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