São Paulo – Se os versos da música “Cotidiano” de Chico Buarque parecem ter sido feitos para ilustrar a sua vida profissional, cuidado: “fazer tudo sempre igual” pode estar prejudicando sua carreira.
É claro que um pouco de rotina no dia a dia de trabalho é necessário. Isso traz segurança e permite que você domine tarefas e processos da empresa. “A rotina ajuda o profissional a aperfeiçoar a execução das tarefas”, diz Danielle Torres, sócia da Affero Lab.
Mas, se você já sabe exatamente o que vai fazer do minuto que você chega à empresa até o fim do expediente pelos próximos meses (ou mais!) pode ser a hora de repensar a rigidez de sua agenda. Confira os prejuízos de ficar preso à rotina, segundo duas especialistas:
1 Sua criatividade é limitada
Se a rotina é importante para adquirir excelência em determinada ação, ela é matadora das novas ideias, segundo Helena Ribeiro, presidente do Grupo Empreza.
“A pessoa tem que ter espaço para desenvolver pensamento estratégico, para pensar em novos meios para o que ele está fazendo”, diz Helena. Preso às mesmas tarefas - e ocupado demais com elas - o profissional acaba passando longe da inovação.
2 Você não enxerga as oportunidades
Com os olhos voltados sempre para o mesmo lugar, é possível que boas oportunidades passem ao seu lado sem serem notadas.
“Andar no trilho e não sair dele leva a um só caminho, mas existem outros que podem até ser arriscados, mas são novos e podem trazer crescimento”, diz Helena.
3 Você não se desafia, nem é desafiado
Se a zona é sempre a de conforto, nela não entram desafios. Por isso, Danielle da Affero Lab fala no perigo do comodismo gerado pela rotina. Isso porque nada como desafio novo para sacudir o dia de trabalho e exigir mais energia de uma pessoa.
“Essa questão de não sair da zona de conforto está relacionada ao medo de errar. O profissional se mantém na sua rotina porque sabe que assim ele não erra”, diz Helena Ribeiro. Assim, além de não procurar, ele foge de qualquer atividade diferente por receio de não conseguir acertar de primeira.
4 O aprendizado é mínimo
A soma de todos os itens anteriores só poderia resultar na falta de aprendizado. Sem ele, a trilha de carreira que leva ao crescimento perde seus contornos e some do campo de visão do profissional.
“A pessoa que fica só na rotina acaba vivendo de passado”, diz Helena. E a especialista lembra que o que você faz hoje determina o seu futuro.
Ou seja, deixar de aprender agora é ficar para trás amanhã. “Em minha opinião, ficar preso à rotina é um desperdício de potencial e de talento”, diz a especialista.
-
1. Para pensar fora da caixa
zoom_out_map
1/12 (Divulgação)
São Paulo - O que a franquia de
filmes do “007”, o aclamado “Argo” e o clássico “Big – Quero ser grande” têm em comum? De acordo com a especialista em
criatividade e inovação Gisela Kassoy, eles trazem uma série de lições sobre o processo criativo e podem ser úteis para quem quer pensar fora da caixa na
carreira. Confira quais são as produções que, por surpreender, podem aguçar um olhar inovador sobre as suas atividades profissionais.
-
2. Argo
zoom_out_map
2/12
Eleito o melhor drama do ano no
Globo de Ouro e o filme do ano pela
Critics'Choice Award de 2013, o filme Argo se baseia em fatos reais para contar a história de seis diplomatas que se escondem na casa de um embaixador canadense para se livrar da ameaça da Revolução Iraniana. Para salvá-los, o agente da CIA Tony Mendez recorre a um plano inusitado: disfarçar os fugitivos de integrantes de uma equipe de produção de um longa-metragem de ficção científica, chamado Argo. “O filme ilustra o lampejo de criatividade que levou o agente a ter uma ideia tão esdrúxula. Do ponto de vista da inovação, vale à pena aproveitar todos os lances desse agente na busca da credibilidade para sua ideia maluca”, diz Gisela.
Argo
Ano: 2012
Direção: Ben Affleck
Duração: 120 minutos
-
3. A rede social
zoom_out_map
3/12
Baseado no livro homônimo, o filme “A rede social” conta uma das versões para a criação do Facebook e a batalha na justiça que Mark Zuckerberg teve que encarar logo nos primeiros anos de empresa. “Vários aspectos podem ser aproveitados com o surgimento e aprimoramento da ideia inicial e os bastidores de uma inovação tão poderosa, incluindo traições e brigas de poder”, diz a especialista. The social network
Ano: 2010
Duração: 120 minutos
Direção: David Fincher
-
4. Big - Quero ser grande
zoom_out_map
4/12
Um adolescente de 12 anos faz um pedido a um boneco de parque de diversões: queria ser maior. Resultado: no dia seguinte, num passe de mágica, acorda na pele de um adulto. De acordo com a especialista, o filme retrata alguns dos processos de criatividade típica das crianças, mas bloqueadas pelos adultos, geralmente. “A cena em que o personagem dá um show numa loja de brinquedos descreve perfeitamente o fenômeno chamado de “serendipity”, quando o livre pensar acaba gerando descobertas ou ideias”, conta
Big
Ano: 1988
Direção: Penny Marshall
Duração: 104 minutos
-
5. Na roda da fortuna
zoom_out_map
5/12
Após o suicídio do fundador das indústrias Hudsucker, um grupo de diretores decide fazer uma manobra para diminuir o valor de mercado da companhia e baratear as ações – para que eles pudessem conquistar o controle da empresa. Para isso, elegem um funcionário, aparentemente, não qualificado da companhia para o cargo de presidência. “Apesar de inverossímil, o filme dá exemplos de como não vender um ideia e ilustra o percurso padrão de uma inovação de produto, desde a rejeição inicial até a hora em que cai nas mãos do usuário certo”, afirma
The Hudsucker Proxy
Ano: 1994
Direção: Joel Coen
Duração: 110 minutos
-
6. Estação Doçura
zoom_out_map
6/12
O que estratégias para se aproximar de um possível parceiro amoroso podem ensinar sobre criatividade? Se o estrategista em questão for a personagem do filme alemão “Estação Doçura” a resposta é muito, segundo Gisela. Desapontada com a vida solitária que leva e apaixonada, a personagem estuda as características de seu “alvo” com técnicas semelhantes às usadas pelas empresas para entender seus clientes. “Ela inova ao conquistá-lo usando um dos seus pontos fortes”, diz a especialista. “A fase de conquista é uma lição de criatividade, já que ela transforma uma desvantagem em vantagem competitiva”.
Zuckerbaby
Ano: 1985
Direção: Percy Adlon
Duração: 86 minutos
-
7. O náufrago
zoom_out_map
7/12
O filme narra a história de um empregado da FedEx que sofre um acidente de avião e acaba em uma ilha deserta no meio do oceano Pacífico. Para sobreviver quatro anos em solidão e conseguir meios para sair da ilha, ele precisa ser inovador. É exatamente no controle emocional dele e criatividade para agir com poucos recursos que estão os principais ensinamentos. Cast away
Ano: 2000
Diretor: Robert Zemeckis
Duração: 143 minutos
-
8. Traffic
zoom_out_map
8/12
Concebido em cima de uma série de histórias ligadas sobre o tráfico e consumo de drogas, “Traffic” ensina sobre a “complexidade das interligações, suas causas e consequências”, diz Gisela. “Ele pode trazer reflexões sobre os efeitos de uma inovação em toda a teia que envolve idealizadores, produtores, vendedores, consumidores, entre outros”. Traffic
Ano: 2001
Duração: 147 minutos
Direção: Steven Soderbergh
-
9. Nove Rainhas
zoom_out_map
9/12
A um passo de dar um golpe milionário, Marcos e Juan precisam usar da criatividade para driblar uma série de ladrões e farsantes. "Embora os motivos de todos não sejam nada nobres, a criatividade de cada um e as surpresas que o filme gera a cada momento fisgam os espectadores exercitando suas mentes", diz a especialista Nueve Reinas
Direção: Fabián Bielinsky
Duração: 115 minutos
Ano: 2001
-
10. A franquia 007
zoom_out_map
10/12
Da mesma forma que a produção de Almodóvar ajuda a pensar fora da caixa por quebrar paradigmas, 007 inspira pelos gadgets e estratégias de James Bond. “Sua auto confiança e amor ao trabalho são componentes fundamentais de seu sucesso”, diz Gisela.
-
11. As obras de Pedro Almodóvar
zoom_out_map
11/12
A especialista indica qualquer uma das 33 produções (entre longas e curtas metragens) dirigidas pelo cineasta espanhol Pedro Almodóvar como uma boa pedida para aguçar a criatividade. Motivo? A quebra de paradigmas proposta pelo espanhol em cada trama. “Não há comportamentos ou reações clichês. Ele sai da linearidade apresentando, por exemplo, bandidos cheios de compaixão, freiras grávidas e homens homossexuais apaixonados por mulheres”, afirma.
-
12. Agora, veja 145 minutos de palestras inspiradoras
zoom_out_map
12/12 (Divulgação)