Kullin: o astronauta deixou a NASA se demitir alegando motivos pessoais (NASA/Wikimedia Commons)
EFE
Publicado em 29 de agosto de 2018 às 15h44.
Última atualização em 29 de agosto de 2018 às 15h48.
Austin - Um dos astronautas da NASA pediu demissão por motivos pessoais, a primeira decisão deste tipo em 50 anos na agência espacial americana, informaram nesta quarta-feira veículos de imprensa locais.
Robb Kulin, de 34 anos, deixará a NASA na próxima sexta-feira, antes de finalizar o programa de capacitação no Centro Espacial Johnson em Houston (Texas).
Kulin entrou no ano passado na agência como um dos 12 selecionados - de um total de 18.300 candidatos - para realizar o treino que permite aos astronautas embarcar em expedições espaciais.
No entanto, no meio do programa decidiu se demitir alegando "motivos pessoais", que a porta-voz da NASA, Brandi Dean, não quis revelar por questões legais.
Em 1968, o astronauta e químico John Llewellyn, membro do sexto grupo de aprendizes, se retirou do programa um ano depois de ter sido selecionado ao perceber que "não progredia como deveria" e, portanto, não estava pronto para voar.
A porta-voz da NASA também confirmou que não será selecionado um substituto para Kulin,que antes de entrar para agência trabalhava desde 2011 no fabricante aeroespacial SpaceX como responsável de engenharia, e sua motivação para se tornar um astronauta era voar a bordo do foguete Falcon 9, que ele mesmo tinha ajudado a projetar.
Tanto a SpaceX como a empresa Boeing estão desenvolvendo as primeiras cápsulas de tripulação comercial da NASA, cujo lançamento está previsto para o ano que vem.
Os aprendizes de astronautas estudam durante o programa de capacitação os sistemas da Estação Espacial Internacional, técnicas de caminhada em gravidade zero, robótica e preparação de voo.
Além disso, devem aprender o idioma russo, necessário para servir em uma expedição na Estação Espacial Internacional, bem como um treino militar de sobrevivência.
Os Estados Unidos estão decididos a liderar de novo a corrida espacial, com a instalação de uma plataforma orbital na Lua e, sobretudo, o envio de uma missão tripulada a Marte, que nas palavras do vice-presidente americano, Mike Pence, pretende "escrever o próximo grande capítulo" da história espacial.