Sócios do Peixe Urbano em restaurante no Rio no ano passado: o desafio é se profissionalizar sem perder o DNA (Eduardo Monteiro/EXAME.com)
Talita Abrantes
Publicado em 30 de setembro de 2011 às 12h24.
São Paulo – Este mês, o Peixe Urbano completou 18 meses. Parece pouco, mas foi tempo suficiente para o primeiro site de compras coletivas brasileiro acumular 13 milhões de usuários e mais de 800 funcionários em três países. “Contratamos quase duas pessoas por dia. E ainda temos 70 vagas abertas hoje”, diz Letícia Leite, diretora de comunicação do grupo.
Para acompanhar esse ritmo (digamos) alucinante de contratações e encarar um mercado carente de bons profissionais, é preciso muita criatividade. E o Peixe Urbano parece estar fazendo a lição de casa.
Na corrida pelos melhores, o site de compras coletivas promove churrascos em universidades e oferece prêmio financeiro para os funcionários que indicarem outros profissionais. Para isso, a pessoa indicada precisa permanecer por seis meses na companhia. Após esse período, quem indicou ganha 1.500 reais, segundo Luke Cohler, diretor de projetos estratégicos do Peixe
Pedro Kranz Costa, mais conhecido como PK, foi um dos primeiros contratados do Peixe Urbano. Naquela época, trabalhava de casa e fazia de tudo na startup. Hoje, aos 23 anos, é gerente de mídias sociais na empresa.
Hoje, quem aceitar uma proposta de emprego no Peixe Urbano encontrará um cenário bem diferente dos primeiros dias de PK na companhia. Além de números estrondosos e responsabilidades mais definidas, terá que aprender a lidar com mercados de outros países. Até agora, o Peixe Urbano já tem operações na Argentina e México
Recentemente, a empresa contratou uma diretora de Recursos Humanos e já se prepara para mudar para um escritório maior no Rio de Janeiro. “Estamos passando por um processo de profissionalização”, afirma Letícia. “Temos o desafio de implementar essas mudanças sem perder o nosso DNA”.
Isso significa que a empresa ainda valoriza profissionais com um perfil mais de startup. “O mais importante é a atitude do que a qualificação técnica”, diz a diretora. Ou nas palavras de Cohler, “eu quero contratar alguém com quem eu possa tomar um chopp depois”.
Quem tiver o perfil, contudo, deve estar pronto para uma rotina típica de empresa nascente. “Não é o que você aprendeu na faculdade. É algo que você tem que estar descobrindo a cada dia. Então exige muito, além de comprometimento seu, uma dedicação em tempo integral”, diz Marcel Engelberg, gerente de operações.
Confira como a empresa está trabalhando para manter o jeitão de startup na edição do Das 9 às 6: