Carreira

Os piores conselhos de carreira que você pode receber

Quatro especialistas revelam quais recomendações profissionais não devem ser levadas em conta


	Conselhos: muitos levam a armadilhas profissionais
 (Thinkstock)

Conselhos: muitos levam a armadilhas profissionais (Thinkstock)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 5 de agosto de 2015 às 15h13.

São Paulo – Na hora de procurar um emprego, ou pensar na própria carreira, é muito comum ouvir conselhos de amigos e parentes. Mas, muitas vezes, é preciso tomar cuidado, pois algumas orientações não fazem sentido podem fazê-lo cair em armadilhas profissionais.

Exame.com conversou com Adriana Gomes, André Caldeira, Paulo Alvarenga e Eduardo Ferraz, especialistas de carreira, para desvendar algumas recomendações que não são tão verdadeiras assim. Veja abaixo algumas referências que devem ser deixadas de lado:

1 - Você pode ser tudo o que quiser – basta se esforçar
As pessoas possuem personalidade e aptidões diferentes. Dizer que, com muito esforço e dedicação, alguém pode ser o que quiser é uma ideia primitiva. O foco deve ser no aprimoramento das habilidades e talentos específicos para não perder tempo com tarefas muito amplas.

2 – Manda quem pode e obedece quem tem juízo
Estar em uma empresa para obedecer absolutamente tudo o que o seu chefe impõe, significa que você está no lugar errado. Acatar regras absurdas figura uma realidade de 30 anos atrás, quando o mercado era mais rígido e vertical. Hoje, a escala profissional é mais flexível, portanto, essa história de submissão não leva para lugar nenhum.

3 – Não mencione cursos de excelência no currículo
Não se deve esconder nada no currículo – principalmente uma boa qualificação. “Já ouvi candidatos omitindo uma pós-graduação em Harvard por receio de assustar os recrutadores”, diz o consultor Eduardo Ferraz. “O intuito é mostrar mesmo”.

4 – Fique pelo menos 5 anos na mesma empresa
Há mais de dez anos era normal encontrar profissionais com 20 e 30 anos na mesma função. Mas, a teoria de ficar um tempo mínimo e máximo em cada empresa não se aplica mais. Segundo Paulo Alvarenga, sócio-diretor da consultoria Crescimentum, a estabilidade depende do legado que se deixa na organização – independentemente do tempo, o foco deve ser no resultado. "Não existe mais aquela receita de bolo”, diz.

5 – Você já está empregado. Não precisa ficar atualizando o currículo e o LinkedIn
Manter o perfil atualizado é de extrema importância para o profissional e para o mercado. O LinkedIn é uma rede muito relevante para as empresas – muitas já usam como fonte de recrutamento de pessoas. De acordo com a consultora Adriana Gomes, pensar nessa ferramenta somente em um momento de desemprego é muito ruim. “Não se deve abandonar a atualização das experiências. É importante manter-se visível”, afirma.

6 – Coloque sua carreira acima de tudo
A ambição em excesso pode ser o pior inimigo para o crescimento. Manter a vida pessoal em atividade é a chave para manter uma vida útil prolongada e com saúde. “Seguir os objetivos a qualquer preço não é uma boa estratégia, pois pode entrar em conflito com a própria ética profissional”, diz André Caldeira, CEO da Propósito, consultoria especializada em gestão de carreira.

7 – Agora já pode gastar à vontade
É muito comum ouvir esse tipo de conselho ao noticiar uma promoção ou a conquista de um novo emprego. Mas, o profissional precisa pensar em fazer uma boa reserva financeira. Segundo os especialistas, a maioria das pessoas no Brasil não faz um pé de meia. Investir em cursos e na gestão de carreira é a melhor orientação.

8 – Seja o primeiro a chegar e o último a sair
Nesse caso, os consultores dizem que o tempo de permanência não importa e, sim, como o profissional contribui para a eficiência dos resultados. Não é a quantidade de horas que vai definir a qualidade do seu trabalho. 

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