Ilustração - Comportamento no trabalho (Mariana Coan/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2013 às 19h42.
São Paulo - Dia desses recebi uma profissional em minha casa para uma reunião e acabei ficando pasma com o show de deselegância e falta de noção bem no meio da minha sala de estar.
É cada vez maior o número de convites que recebo para proferir palestras em empresas a fim de orientar os funcionários sobre como trabalhar em espaços abertos, usar a copa do andar e demais espaços comuns com elegância e cuidado.
Ouço relatos de profissionais sem noção que fazem uso do viva-voz do telefone só por preguiça de colocar o fone junto ao ouvido. Os celulares são abandonados sobre as mesas e, usualmente, os que costumam fazer isso são aqueles cujo gosto para toques e trilhas sonoras são absolutamente duvidosos, para desespero dos colegas que têm de trabalhar ao lado dos sem noção.
Sigo entrando em elevadores comerciais precisando me defender das mochilas que estão nas costas dos insensíveis e atacam os infelizes que porventura têm a má sorte de se posicionar atrás de algum representante das Tartarugas Ninjas corporativas.
Também no elevador as conversas em nenhum momento são interrompidas, fazendo com que nosso desconforto seja ainda maior. E o triste é que o que deveria ser hábito segue em desuso: dificilmente, ao entrar em um elevador e cumprimentar os demais, tenho minha saudação retribuída.
As redes sociais seguem sendo um case: os irresponsáveis falam mal dos chefes, do trabalho, da empresa. Depois, quando um desses colaboradores é cortado do quadro de funcionários, sempre quer posar de vítima mal compreendida.
Uma grande parcela de profissionais continua achando que pontualidade é um detalhe sem importância e que prometer coisas da boca pra fora é normal. Há uns anos assisti a um documentário que mostrava que o comportamento dos que nos cercam costuma influenciar o nosso comportamento.
Segue então o meu alerta: por mais que a grosseria e a indelicadeza pareçam cada vez mais parte do hábito corporativo, isso não é normal. Ambas prejudicam a carreira do mal-educado e a saúde dos que convivem com ele. Ser grosso não é normal e continua sendo deselegante e contando pontos negativos na construção da imagem pessoal.
Espero prosseguir sendo ouvida por você, caro leitor — faça a diferença no cotidiano de seus pares, clientes, fornecedores e do chefe. Trabalhe de forma séria e dedicada para que a sorte siga sorrindo para você.