São Paulo - Chegar à presidência de uma empresa, em geral, não é um sonho que se realiza a curto prazo. Dependendo do caso, o cargo só chega junto com os cabelos brancos.
Não foi assim com Leonardo Byrro, que está à frente da Cremer. Aos 34 anos, ele é hoje um dos mais jovens presidentes de empresas listadas pela Bovespa.
Formado em engenharia elétrica pela Escola de Engenharia Mauá, Leonardo fez pós-graduação na ESPM, além de um MBA pela Kellogg School of Management.
Depois de passar por empresas como HP, Microsoft e Ambev, ingressou na Cremer. Menos de três anos depois, foi indicado para presidir a companhia.
Em palestra online divulgada pelo site Na Prática, o executivo “precoce” compartilhou algumas orientações para os jovens que sonham com uma ascensão profissional rápida. Confira as dicas a seguir:
1. Faça planos, mas sem exagerar
Apesar da trajetória meteórica, Leonardo diz que nunca traçou planos de carreira. “Eu entrei para a Cremer na área comercial e não pensava em virar presidente”, afirma.
“Projetar para si mesmo uma trajetória muito específica gera muita ansiedade”, opina. Isso, porém, não significa que você deva ficar à espera de oportunidades, sem estabelecer metas a curto e médio prazo.
2. Identifique aquilo de você não gosta
Nesse processo, o autoconhecimento é vital. “Você precisa identificar aquilo de que gosta e, principalmente, do que não gosta”, afirma o presidente da Cremer.
Depois de estagiar na área de engenharia eletrônica, Leonardo logo percebeu que não tinha vontade de seguir uma carreira técnica. A partir desse diagnóstico, foi buscar experiências com administração de empresas, que acabou se revelando sua vocação.
3. Saiba um pouco sobre tudo
Engenheiro de formação, Leonardo buscou por sua conta adquirir competências que a graduação não lhe havia proporcionado. Segundo ele, para trabalhar como gestor, foi preciso correr atrás de conhecimento sobre liderança e humanidades.
Ele aconselha aos jovens que adquiram bagagem multidisciplinar. “Você não precisa ser excelente em tudo, mas precisa ter o mínimo de formação em várias áreas”, afirma o executivo.
4. Não ignore o fator sorte
“Não dá para negligenciar o fato de que você precisa estar no lugar certo, no momento certo. Eu tive essa sorte”, declara o jovem presidente.
Mas, longe de assumir uma postura passiva. Leonardo conta que ser inquieto sempre o beneficiou muito. “Eu odiava aquelas frases como ‘Sempre foi assim’ ou ‘Já tentamos e não deu certo’”, conta.
5. Faça mais do que o exigido
Durante sua carreira na Cremer, o jovem executivo afirma ter abraçado responsabilidades que originalmente não eram suas.
“Se te dizem para fazer A, B ou C, não significa que você deva se restringir a isso”, diz Leonardo. Para quem aspira a um crescimento rápido, ele recomenda fazer mais, ajudar os outros e conquistar mais atribuições.
6. Busque um entorno favorável
O ambiente de trabalho é um fatores que pesam muito para a equação do sucesso, na opinião de Leonardo.
“O que me fez chegar lá foi ter me juntado a um grupo de pessoas que queriam dar oportunidade para quem é jovem”, diz o presidente.
7. Tenha coragem para tomar decisões
Desde o início, Leonardo afirma ter sido confrontado com a necessidade de se expor aos riscos.
“Não dá para chegar no cargo em que estou hoje sem tomar decisões todo dia e toda hora, e assumir as consequências”, explica.
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1. O início da escalada
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1/10 (Flickr/Creative Commons/Collin Anderson)
São Paulo - Quem chegou ao topo da
carreira, muitas vezes, começou sua ascensão profissional a partir dos primeiros degraus. É o caso de
presidentes de empresa que começaram suas carreiras como lavadores de pratos, office-boys e engraxates. A seguir, conheça 10 histórias surpreendentes sobre os primeiros passos de diretores de
empresas brasileiras e estrangeiras:
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2. Jorge Samek, presidente da Itaipu Binacional
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2/10 (Divulgação)
Aos 15 anos de idade, Samek começou a trabalhar como office boy num banco em Foz do Iguaçu. "Na época não havia internet, então era necessário haver um garoto como eu para levar e trazer papéis e recibos", conta. A rotina de trabalho era seguida paralelamente à dos estudos. "Aprendi a respeitar hierarquias e ter disciplina", diz Samek. O emprego como office boy também lhe rendeu algum dinheiro para realizar alguns "sonhos de consumo" dos adolescentes da época. "Graças aos meus primeiros salários, comprei uma motocicleta e até as botinhas do Roberto Carlos", relembra o presidente da Itaipu.
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3. Edward Lange, presidente da Brasil Insurance
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3/10 (Divulgação)
O americano começou a trabalhar na adolescência. Aos 13 anos, seu primeiro emprego foi como distribuidor do jornal "The Register", na Califórnia. “Comprei uma bicicleta usada por 12 dólares e lançava jornais diariamente no jardim dos vizinhos antes de ir para a escola", conta Lange. O rendimento era de cerca de 200 dólares por mês. Mais tarde, ele teve outros empregos. "Trabalhei como cozinheiro num restaurante mexicano, vendi sapatos femininos, fui segurança de loja e até vendi vestidos de noivas", diz ele. O jovem recém-formado começou então a trabalhar na Allianz Argentina, anos antes de ingressar na Brasil Insurance.
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4. Luiz Donaduzzi, presidente da Prati-Donaduzzi
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4/10 (Divulgação)
Em 1990, o casal de farmacêuticos Luiz e Carmen Donaduzzi tocavam um pequeno empreendimento em casa. "A empresa éramos nós dois, vendendo produtos para as farmácias locais", lembra ele. Água oxigenada, mercúrio e cromo eram algumas das mercadorias comercializadas pelos Donaduzzi. "Também vendíamos chá de boldo e camomila, depois de comprar e empacotar as folhas", lembra o presidente. Em 1994, mudaram-se para o Paraná e, de lá, expandiram os negócios. Hoje, a empresa é especializada na produção de medicamentos genéricos e tem mais de 4 mil funcionários.
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5. Lloyd Blankfein, presidente do Goldman-Sachs
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5/10 (Chip Somodevilla/Getty Images)
Antes de se tornar presidente de um dos maiores bancos do mundo, Blankfein teve um início de carreira humilde no bairro do Brooklyn, em Nova York. Para ganhar algum dinheiro enquanto estudava, o jovem vendia cachorro-quente e refrigerante no Estádio Yankee,
segundo a revista Fortune. Outra atividade de Blankfein na juventude foi como salva-vidas - uma atividade que o fez perder peso, depois de anos lutando contra a balança
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6. Michael Dell, presidente da Dell
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6/10 (Getty Images)
A primeira ocupação do presidente da gigante da tecnologia foi como lavador de pratos em um restaurante chinês, anos 12 anos. Seu objetivo era conseguir dinheiro para sua coleção de selos,
segundo a Biography.com. Mais tarde, ele trabalharia com dados no jornal Houston Post. Sua missão era aumentar o número de assinantes do periódico, de acordo com o mesmo site.
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7. Warren Buffett, presidente da Berkshire Hathaway
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7/10 (Chip Somodevilla/Getty Images)
Um dos homens mais ricos do planeta, Buffett ingressou no mundo do trabalho de forma humilde. Aos 14 anos, o futuro empresário passava suas manhãs entregando cópias do jornal The Washington Post,
segundo o Business Insider. No mesmo ano, o futuro empresário reuniu suas economias e fez seu primeiro investimento. De acordo com o mesmo site, o jovem Buffett comprou 16 hectares de uma propriedade rural por 1.200 dólares.
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8. Oprah Winfrey, presidente da OWN
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8/10 (Stephane de Sakutin/AFP)
A primeira mulher negra bilionária teve uma juventude bastante dura.
De acordo com a Forbes, seu primeiro emprego foi numa mercearia de esquina, ao lado da barbearia do seu pai em Nashville, no Tennessee. Aos 16 anos, Oprah ingressou numa estação de rádio local, onde lia no ar as notícias do dia.
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9. Donald Trump, presidente da Trump Organization
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9/10 (Getty Images)
O magnata do setor imobiliário já nasceu rico. Mesmo assim, seu pai o incentivou a trabalhar desde cedo para que ele aprendesse o valor do dinheiro. "Meu pai foi meu melhor chefe, um exemplo de disciplina",
disse o bilionário à Forbes. O pai levava o filho para recolher garrafas de refrigerante vazias e revendê-las. "Foi meu primeiro salário, o valor de uma pequena mesada", contou o bilionário. Mais tarde, o apresentador do programa "The Apprentice", da rede NBC, também trabalhou como cobrador de aluguéis.
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10. Agora veja as formações inusitadas de executivos que chegaram ao topo
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10/10 (Stock.Xchange)