São Paulo - Com a
crise econômica e o fechamento de vagas, o brasileiro tem que se desdobrar para pagar as contas. Além da inflação crescente, os reajustes salariais não têm dado conta da alta dos preços nos últimos meses. De acordo com um estudo da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o aumento salarial médio negociado em julho foi de 4,4% — 4,9 pontos percentuais abaixo do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado nos últimos 12 meses, que foi de 9,3%. Ou seja, os trabalhadores não conseguiram repor a inflação passada. Segundo o estudo, dois fatores influenciaram no baixo aumento salarial até julho: o crescimento acelerado da inflação e os acordos de redução salarial. Com o esfriamento do
mercado de trabalho, o poder de barganha do trabalhador diminuiu, ou seja, ele tenderá a negociar menos o salário e os benefícios com o empregador, uma vez que conseguir emprego está cada vez mais difícil. Além da queda nas negociações e do aumento sucessivo nos preços, a massa salarial diminuiu em termos gerais pelo terceiro mês consecutivo. Em maio, o valor atingiu R$ 93,55 bilhões — R$ 2,7 bilhões a menos que em novembro de 2015.
Por estado Nos últimos 12 meses terminados em julho, o Acre e o Amapá apresentaram os piores "arrochos" salariais. No período, os salários médios dos estados tiveram uma redução de 0,18% e 0,20%, respectivamente. Ainda entre os menores aumentos salariais estão Roraima (0,45%), Goiás (0,36%) e Espírito Santo (0,15%). Já entre os estados com os maiores
aumentos salariais, o Ceará se destaca, com uma média de 1,25%. Alagoas, São Paulo, Paraná e Sergipe aparecem em sequência, com respectivos: 1,22%, 1,15%, 1,13% e 1,13%.
Atividades Segundo a Fipe, os funcionários públicos tiveram o maior aumento real nos salários, com alta de 2,88%. Veja a seguir os profissionais que tiveram os maiores aumentos reais nos salários, segundo a Fipe: