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Os bilionários são mais inteligentes?

Um novo estudo sugere que sim, mas que a educação de elite pode ser a responsável por isso


	Educação pesa muito, mas o talento como o de Bill Gates também ajuda
 (Stan Honda/AFP)

Educação pesa muito, mas o talento como o de Bill Gates também ajuda (Stan Honda/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2013 às 17h48.

São Paulo – Ter uma carteira recheada de dinheiro é a consequência de uma inteligência acima da média da população? Um crescente número de pesquisadores acredita que o sucesso financeiro não tem muito a ver com isso, mas sim com as circunstâncias da vida e, principalmente, o tempo aplicado para alguma qualidade específica e a ida para uma faculdade de elite.

Um estudo da Universidade Duke aponta a uma forte correlação entre a capacidade cerebral e uma gorda conta bancária. Segundo o pesquisador Jonathan Wai, a potência intelectual dos 1% mais ricos se sobrepõem aos 1% mais inteligentes.

De acordo com a pesquisa, aproximadamente 45% dos bilionários estão entre os 1% com a maior capacidade cognitiva. E mais do que isso, segundo a CNBC, os bilionários são geralmente mais inteligentes que os executivos listados pela “Fortune 500 CEOs”. O percentual de CEOs com a inteligência acima da média é menor, cerca de 38,6%.

Wai ampliou a pesquisa para comparar os bilionários aos senadores americanos. O resultado é que eles também estão abaixo, com um percentual de 41% entre os 1% mais inteligentes. Os juízes federais têm 41% e os membros da Câmara 21%.

Setores

Os bilionários que produziram a fortuna a partir de investimentos e tecnologia aparecem muito mais no grupo dos 1% mais inteligentes – aproximadamente entre 63% e 69% deles.


Já os endinheirados que conseguiram o sucesso financeiro na moda e no varejo são um pouco menos inteligentes. Entre 23% e 25% estão na “elite cerebral”.

Meritocracia

Será que isso então desencoraja a meritocracia? Afinal, há como competir com esses supercérebros no mercado de trabalho?

Sem dúvida o estudo é feliz em identificar a correlação entre a inteligência e a riqueza, mas Wai indica que o mais importante pode ser mesmo a educação. Isso pode ser explicado pela metodologia da pesquisa.

A habilidade cognitiva foi medida pela participação em 29 colégios considerados de elite. Essas instituições frequentemente exigem altos resultados em testes e, portanto, sugerem uma inteligência elevada.

Contudo, outros fatores além do teste intelectual podem assegurar a ida de uma pessoa para os colégios de elite, como o desempenho acima do comum em certas áreas como esportes e outros atributos. E cerca de 88% dos bilionários acompanhados pela Forbes frequentaram alguma faculdade.

É um ponto para a educação. Ainda assim, vale lembrar que alguns talentos nunca terminaram uma graduação formal. Bill Gates e Mark Zuckerberg estão entre essas exceções, lembra a CNBC.

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