EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 06h36.
Em 2015, o oncologista Sidnei Epelman, de 56 anos, comemorará 17 anos da criação do Tucca, associação que oferece tratamento gratuito a pessoas de baixa renda com câncer.
Nesse período, passaram pela fundação mais de 2 000 pacientes. Trata-se de uma ideia que se tornou um projeto de vida. Em 1997, com 40 anos e reconhecido internacionalmente, Sidnei resolveu reunir ex-pacientes com capacidade financeira para ajudar vítimas de tumor cerebral sem dinheiro para o tratamento.
Era um projeto pequeno, que arcava com o custo de exames e procedimentos. Em 2001, Sidnei formou uma parceria com o Hospital Santa Marcelina, instalado em Itaquera, na zona leste de São Paulo.
A instituição não oferecia tratamento contra o câncer infantil — crianças da região precisavam atravessar a capital paulista para exames e terapias.
A parceria permitiu a construção de um ambulatório de primeira linha. Hoje, o Tucca recebe pacientes de todo o Brasil e tem taxas de cura de 80%. “Oferecer a essas famílias um tratamento com maiores chances de cura é dar a elas uma segunda chance”, diz Sidnei.
Em 2013, Sidnei deu mais um passo em seu projeto com a criação do primeiro hospice pediátrico do Brasil. Hospices são clínicas destinadas ao tratamento baseado em cuidados paliativos para doentes terminais.
O conceito é relativamente novo no Brasil, mas vem ganhando força em todo o mundo por assegurar maior dignidade a pessoas sem perspectiva de cura. O hospice criado pelo médico recebeu o nome de Francesco Beira, um paciente que morreu aos 11 anos, depois de Sidnei ter ajudado os pais do menino a realizar seu último desejo: passar o Natal em casa.