Primeiro iPhone, lançado pela Apple em 2007. (Apple/Divulgação)
Luísa Granato
Publicado em 17 de setembro de 2020 às 11h07.
Última atualização em 17 de setembro de 2020 às 17h32.
Quando pensamos em gênios, existem alguns nomes que logo vêm em mente: Albert Einstein, Leonardo da Vinci, Marie Curie, Stephen Hawking ou Katherine Johnson. E o nome do Steve Jobs, fundador da Apple, certamente entra na lista.
O inventor americano, que morreu em 2011, era conhecido por sua visão inovadora e por frases inspiradoras. E Jobs também tinha sua própria definição sobre inteligência.
Jobs comentou sobre o tema em 1982, em uma conversa na Academy of Achievement. Ele fala que quem é realmente inteligente tem uma habilidade de “reduzir o zoom”, como é feito em um mapa online. De uma rua ou casa, você tira o zoom e começa a ver um bairro e depois a cidade toda.
“Enquanto outras pessoas estão tentando descobrir como chegar do ponto A ao ponto B lendo uns mapinhas idiotas, você apenas consegue vê-lo na sua frente. Você consegue ver a coisa toda”, disse ele.
O segredo de alguém realmente inteligente não é ser um gênio ou especialista em uma área. Para Jobs, as pessoas verdadeiramente inteligentes sabem fazer conexões.
Parece muito fácil quando se fala apenas de conectar pontos, mas não parece uma grande ajuda para que reles mortais se tornem mais inteligentes.
Tudo bem, Jobs deu a sua receita: “Você precisa não ter a mesma bagagem de experiências que todos os outros têm, ou então você fará as mesmas conexões e não será inovador. Você pode pensar em ir para Paris e ser poeta por alguns anos. Ou ir para um país do terceiro mundo... Eu recomendo muito isso. Se apaixonar por duas pessoas ao mesmo tempo. O Walt Disney tomou LSD”, disse Jobs.
Em outras oportunidades ao longo de sua vida, Jobs continuou falando sobre a habilidade de conectar pontos. Como no clássico discurso para os formandos de Stanford em 2005 que deu origem à uma de suas frases mais famosas: “Continue faminto, continue bobo” (“Stay hungry, stay foolish”).
Para os jovens se formando, ele conta a história de quando desistiu da faculdade. E liga o momento da sua vida com uma inovação que trouxe para o primeiro computador Macintosh. Quando deixou de frequentar as aulas da graduação, ele resolver fazer um curso livre de caligrafia.
“Dez anos depois, quando estávamos fazendo o primeiro computador Macintosh, tudo voltou para mim. E colocamos no design do Mac. Era o primeiro computador com uma tipografia bela. Se eu não tivesse aparecido naquele único curso da faculdade, o Mac nunca teria múltiplas letras e fontes espaçadas proporcionalmente. E como o Windows apenas copiou o Mac, é provável que nenhum computador tivesse isso”, disse ele.
Ele ainda comenta que é muito difícil conectar esses pontos olhando para o futuro, especialmente quando ele ainda estava na faculdade. Porém, ao olhar para o passado, ele consegue ver claramente as conexões que fez.
“Você tem que confiar que seus pontos vão se conectar de alguma forma no seu futuro. Você deve ter confiança em algo – seu instinto, destino, vida, karma, qualquer coisa. Essa abordagem nunca me decepcionou, e fez toda a diferença na minha vida”.