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O segredo deste escritório para reter profissionais: R$ 1 mi em bônus

Firma de advogados norte-americana aposta em 'recompensa' de US$ 250 mil para reter associados

Empresa aposta em bônus altos; medida é controversa no setor (Compassionate Eye Foundation/Getty Images)

Empresa aposta em bônus altos; medida é controversa no setor (Compassionate Eye Foundation/Getty Images)

KS

Karina Souza

Publicado em 2 de junho de 2021 às 09h30.

Já pensou em assinar um contrato de trabalho para ganhar um bônus de R$ 1 milhão? É isso que a firma de advogados americana Kirkland & Ellis está fazendo, segundo uma reportagem publicada recentemente pelo Business Insider. A razão para isso está na dificuldade em encontrar associados de nível médio a sênior ao mesmo tempo em que a demanda por serviços de fusões e aquisições só aumenta. Em 2020, a atividade movimentou US$ 2,8 trilhões globalmente, segundo estimativas da Bain&Company, e só no primeiro trimestre de 2021 já são mais de US$ 103 bilhões, de acordo com a Bloomberg.

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Diante da escassez de candidatos, a empresa reforçou a estratégia de oferecer "cheques gordos" para recrutar e reter advogados em formação. Caixa para isso, não falta: o escritório é maior do mundo em receita, sendo o primeiro do mundo a atingir a marca de US$ 4 bilhões no último ano. Atualmente, conta com 2.900 advogados, sendo o sétimo maior do mundo em volume de contratados, com 15 escritórios espalhados pelos Estados Unidos, Europa e Ásia.

O movimento não foi visto de forma positiva pelos concorrentes, aponta a matéria do portal. Outros escritórios passaram a reclamar que os altos valores oferecidos dificultam a competitividade pelos candidatos e avaliam como algo que não é justo. Ao mesmo tempo, recrutadores ouvidos pelo veículo não veem problema com os bônus altos, uma vez que o cenário de pandemia é excepcional e faz com que muitas pessoas tenham de trabalhar "no limite".

No Brasil, oportunidades para ter altos salários se destacam principalmente nos setores financeiro e de tecnologia. No primeiro, os salários, que podem chegar a R$ 25 mil e há escassez de profissionais em meio à alta de 50% na demanda, como a Exame noticiou.

Já em tecnologia, a programação se destaca -- e o salário pode variar de acordo com a linguagem com a qual se tem maior familiaridade. E os desenvolvedores não se cansam de aprender: a linguagem do momento é o Go, inventada pelo Google em 2009, com 36,2% dos profissionais procurando especialização nela: de todo modo, os salários superam os US$ 50 mil dólares

 

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