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Conceito de sucesso mudou e 72% dos jovens dão a mesma nova definição

Pesquisa faz parte da campanha #JuntosNessa promovida pelo LinkedIn. Veja depoimentos em jovens dizem o que é sucesso para eles

Sucesso: "Notei que viver bem era me sentir satisfeito a maior parte do tempo”, escreveu Milton Beck (Thinkstock)

Sucesso: "Notei que viver bem era me sentir satisfeito a maior parte do tempo”, escreveu Milton Beck (Thinkstock)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 21 de setembro de 2018 às 10h00.

Última atualização em 21 de setembro de 2018 às 10h18.

São Paulo - “O conceito de sucesso para a geração que está vindo para o mercado não é mais o mesmo do passado”, avisa Alexandre Ullmann, diretor de Recursos Humanos do LinkedIn.

Para os jovens brasileiros da geração Z (com 21 anos ou menos), ganhar bem ou ter um cargo de chefia dentro de uma empresa não é mais uma definição do que é ser bem sucedido. Aliás, 60% deles já considera ter sucesso.

Nesse quesito, o Brasil ficou atrás apenas dos Emirados Árabes Unidos, com 69% dos respondentes se colocando como sucedidos na pesquisa global do LinkedIn com a consultoria YouGov. Feito no ano passado, o estudo teve mais de 18 mil participantes de 16 países.

O jovem quer ser feliz e o modelo de trabalho do passado, com horário fixo e dedicação total, não se encaixa mais na sua fórmula de sucesso. “Eles querem manter um equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, sendo pessoas saudáveis e com qualidade de vida melhor. Isso exige uma nova configuração do trabalho para empresas que quiserem atrair novos talentos”, fala Ullmann.

Apesar de não fazer parte da geração Z, o diretor do LinkedIn não discorda das prioridades apontadas na pesquisa. E ele considera que é uma pessoa de sucesso. “Felicidade é um conceito pessoal. Para mim, é poder estar com as pessoas que gosto e ter tempo de construir relações pessoas. Sucesso também é ser saudável”, fala.

Entre as diversas opções que levam ao sucesso, 72% dos jovens brasileiros marcaram “ser feliz" em primeiro lugar. Logo depois, com 71% dos votos, ficou o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho; "Ser saudável" ficou em terceiro, com 68%.

Em contrapartida, as respostas relacionadas a dinheiro tiveram baixo percentual: “ganhar um aumento de salário” ficou com 21% e “ganhar mais dinheiro que meus amigos”, com 7%.

Segundo Ullmann, as mudanças no ambiente das empresas que buscam atender às prioridades das gerações mais novas acabam afetando os profissionais mais velhos, que observam os benefícios do novo modelo.

“É o que enxergo, por exemplo, no LinkedIn. Pessoas de todas as gerações gostam do modelo daqui. Posso sair mais cedo para cuidar da vida pessoal, sair no meio do dia para fazer algo e voltar depois para um ambiente confortável. Conseguimos ser mais produtivos assim”, diz.

#JuntosNessa

A visão de sucesso indicada pelos jovens na pesquisa coincide com a visão do diretor geral do LinkedIn no Brasil, Milton Beck. Em artigo na rede, ele conta sua jornada na juventude para completar a receita do sucesso: estudar no melhor colégio, passar no vestibular e se formar engenheiro. Aos 23 anos, ele tinha um emprego na indústria automobilística que não o satisfazia.

Além do seu esforço, ele destaca que foi importante aprender a admitir rapidamente seus erros, e seguir em frente. “Mudei de emprego e fui ajustando meus critérios de felicidade. Notei que viver bem era me sentir satisfeito a maior parte do tempo”, ele escreve.

Esse depoimento e a pesquisa fazem parte da campanha #JuntosNessa, que tem promovido no mês de setembro o compartilhamento de histórias de sucesso entre os usuários e influenciadores da rede.

Confira outros depoimentos inspiradores que refletem sobre o significado do sucesso:

Nina Silva: ela é gerente de projeto na ThoughtWorks e fundadora do Movimento Black Money. Em 2018, Nina entrou na lista da ONU de 100 maiores influenciadores afrodescendentes do mundo.

“Mulher, negra e periférica que chegou lá. Cheguei lá aonde? Em 2013, eu tive um burnout”, conta ela em vídeo no seu perfil da rede. “Sempre fui diagnosticada como a melhor dos melhores, porque você enquanto uma pessoa negra não pode dar margem a erro. Hoje eu vejo que com cada erro no meu caminho que aprendi ainda mais”.

MC Rashid: ele é um rapper brasileiro com mais de 1 milhão de ouvintes mensais no Spotify. “Sou bem sucedido não porque toco nas rádios ou vou na TV, mas sinto que meu sucesso foi não ter desistido quando fiz um show vazio ou quando ninguém assistiu meu clipe na internet”.

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Karol Pinheiro: ela é jornalista, fundadora e CEO do YAY Produções e seu canal no YouTube tem mais de 1 milhão de inscritos.

“O sucesso de cada um é de cada um. Acho que a gente já viveu uma época em que a formatação do sucesso era mais óbvia, principalmente para a minha geração que hoje tem uns 30 e poucos anos. A gente cresceu ouvindo que sucesso era fazer uma faculdade, aí saia e arranjava um bom emprego, aquele que ia te dar um salário fixo e benefícios, (...) Depois, ter uma família, casa própria. fazer uma viagem grande todo ano”, comenta ela em vídeo.

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