Izabella Camargo, jornalista - "O letramento, o espaço de fala e a naturalização do tema favorecem a prevenção e evitam chamadas emergenciais, como um caso de burnout". (Eduardo Frazão/Exame/Divulgação)
Repórter na Exame Corporate Education
Publicado em 11 de setembro de 2024 às 19h07.
Última atualização em 12 de setembro de 2024 às 16h19.
No mês dedicado à conscientização sobre saúde mental, a jornalista Izabella Camargo, que ajudou a popularizar o termo burnout no Brasil, se juntou a um time de especialistas para gravar cursos gratuitos com orientações de como líderes de RH podem identificar e interromper assédios que levam ao esgotamento físico e emocional.
No evento de lançamento do projeto, realizado quarta-feira (10/09), em parceria com o Zenklub, a Conexa e a Exame, a jornalista destacou o letramento da liderança como a principal ferramenta de combate a esses ciclos de violência no ambiente corporativo.
“O espaço de fala, conhecimento e naturalização do tema favorecem a prevenção e evitam casos emergenciais, como o burnout. Se o RH e a liderança, que são os agentes transformadores de uma organização, não têm letramento em saúde mental, não há solução”, disse a jornalista .
Para ter acesso aos cursos gratuitos sobre saúde mental, clique aqui.O Brasil é o segundo país com mais casos de burnout no mudo, com cerca de 30% dos trabalhadores diagnosticados com esgotamento físico e mental associado ao trabalho, ficando atrás apenas do Japão, que lidera com um índice de 70%.
Os dados do International Stress Management Association (ISMA) mostram a magnitude do problema e a importância de medidas preventivas e educacionais para que as organizações possam identificar sinais precoces e lidar de maneira empática, ética e responsável com essas demandas.
Rui Brandão, médico e co-fundador do Zenklub, destacou que o foco do treinamento oferecido nos cursos é ampliar ferramentas, investimentos e estratégias para promover saúde e bem-estar no ambiente de trabalho.
“O RH é a primeira área de apoio nas demandas de saúde mental, mas também precisa assumir responsabilidades. Invistam em dados, mostrem como diversas taxas negativas, como turnover e baixa produtividade, estão ligadas a esse tema, levantem essa bandeira o ano inteiro para transformar a cultura e fazer mais pela vida” , disse Rui Brandão, co-fundador do Zenklub.
De acordo com o Ministério da Saúde, a melhor maneira de prevenir o Burnout, é criar estratégias para diminuir o estresse e a pressão no trabalho. Algumas dessas práticas incluem:
Izabella Camargo ressaltou a importância do RH ajudar líderes a redesenharem o ambiente de trabalho para aliviar alguns colaboradores e tornar outros mais úteis.
"Precisamos sempre pesquisar a origem do problema e apoiar líderes na priorização de atividades, no cuidado e na conexão com as pessoas", complementou Izabella.
O burnout pode ser favorecido por diversos tipos de assédio no ambiente corporativo, que contribuem para um clima de estresse crônico e esgotamento emocional. Entre os principais tipos, destacam-se: