Carreira

O posicionamento político da empresa para os Jovens Z

A Geração Z, busca, não só consumir, mas trabalhar em empresas que possuem propósito e valores que vão de encontro aos seus interesses

Em pesquisa feita pela Deloitte, os Millennials e a Geração Z estão dispostos a recusar empregos e atribuições que não se alinham com seus valores (Thinkstock/Thinkstock)

Em pesquisa feita pela Deloitte, os Millennials e a Geração Z estão dispostos a recusar empregos e atribuições que não se alinham com seus valores (Thinkstock/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2022 às 10h40.

Por Diego Cidade, fundador da Academia do Universitário

Em meio ao período de eleições e a bipolaridade que o Brasil se encontra, entender se a empresa deve ou não tomar uma posição política é uma preocupação comum, um assunto que vem sendo questionado no mundo.

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As organizações se perguntam quais consequências podem enfrentar ao assumir uma posição política e como seus negócios podem se beneficiar ao fazer sua voz ser ouvida.

De acordo com pesquisa realizada pelo Opinion Box em janeiro de 2021, se a marca se posiciona a favor dos mesmos ideais políticos que o consumidor, 25% compraria mais, 24% apoiaria a marca publicamente e 28% indicaria a marca para amigos

Essa questão acaba virando pauta pois, sabe-se que a Geração Z, os nativos digitais, buscam, não só consumir, mas trabalhar em empresas que possuem propósito e valores que vão de encontro aos seus interesses. Dessa forma, está se tornando uma expectativa para que os CEOs emitam declarações pessoais ou para suas empresas emitirem declarações e agirem em questões sociais, ambientais e políticas.

Situação que foi bem evidenciada na pandemia da Covid-19, quando houve um embate entre empresas que optaram por diferentes posicionamentos e condutas para lidar com a situação e também na invasão da Rússia à Ucrânia, onde diversas empresas optaram pela interrupção dos seus negócios no país.

Em pesquisa feita pela Deloitte, “The Deloitte Global 2022 Gen Z & Millennial Survey”, os Millennials e a Geração Z estão dispostos a recusar empregos e atribuições que não se alinham com seus valores. Quase dois em cada cinco (37% da Geração Z e 36% da Millennials) disseram que rejeitaram um emprego e/ ou atribuição com base em sua ética pessoal.

Para as empresas que não se posicionam, embora não haja probabilidade de criar conflito, a opção de não tomar uma posição política é também um risco de não dar voz à empresa em relação a questões políticas que afetam diretamente o desempenho da organização.

Importante frisar que nesse contexto acima, o posicionamento político não significa posicionamento ideológico ou partidário, nem a coação de colaboradores.

A questão é que por uma demanda dos colaboradores e consumidores, os valores da empresa estão cada vez mais evidenciados no cotidiano interno e na identidade da organização, que acabam se aproximando de ideais específicos.

Qual a sua opinião, se posicionar ou não se posicionar?

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