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Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2013 às 16h48.
São Paulo - Se você quer contratar um plano de previdência complementar, mas não sabe por onde começar, não entre em pânico. Antes de escolher o produto que melhor se adéqua às suas necessidades é essencial entender como funciona o mercado de aposentadoria complementar.
Existem basicamente dois tipos de planos de previdência no mercado financeiro: um é o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o outro é o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). A principal diferença entre eles é que o PGBL é indicado para quem faz a declaração do Imposto de Renda (IR) pelo formulário completo. Com ele é possível abater até 12% das contribuições anuais no IR. Já o VGBL não tem esse benefício tributário e funciona melhor para quem faz a declaração de IR pelo modelo simples.
Os dois planos têm em comum a cobrança das taxas de administração e de carregamento. A taxa de administração pode variar de 2% a 3% — em alguns casos chega a 5% — e é destinada para custear a gestão do seu dinheiro. Já a taxa de carregamento é cobrada para pagar as despesas operacionais do fundo de previdência.
Os planos podem ser conservadores, que investem só em renda fixa, ou arrojados, que podem colocar até 49% do seu dinheiro em ações. Portanto, é importante analisar com cuidado qual é o tipo de plano em que você está depositando a sua grana.
Quem não fica atento a essas informações corre o risco de não conseguir atingir seu objetivo de aposentadoria no futuro. “Uma taxa de administração entre 3% e 5% ao ano já compromete o ganho esperado pelo investidor”, diz Antonio Penteado Mendonça, professor do curso de seguros e previdência da Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo.
Isso não quer dizer que você deva optar pelo fundo com o custo menor. O ideal é comparar a taxa de administração e o desempenho do plano. “Em alguns casos, a taxa de gestão é alta, mas os resultados em rentabilidade compensam”, diz Marcello Rudge Ribeiro, consultor de previdência da MDS Consultoria e Corretora de Seguros, com sede em São Paulo.
Por outro lado, mesmo se o fundo tiver um bom desempenho, você deve ficar sempre com os olhos abertos: bons resultados no passado não significam que os ganhos também serão bons no futuro. “Uma vez por ano é importante sentar e reavaliar as taxas e o retorno”, diz Marcello Rudge, da MDS.
PGBL
O Plano Gerador de Benefício Livre é indicado para quem faz a declaração do Imposto de Renda (IR) pelo formulário completo e contribui para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O dinheiro do fundo pode ser usado para a base de cálculo do IR desde que represente até 12% do valor da renda bruta anual.
Exemplo: quem teve rendimento bruto anual de 60.000 reais e investiu 5.000 reais em PGBL terá como renda bruta para o cálculo do IR 55 000 reais. Os 5.000 reais investidos no PGBL representam 8,3% da renda anual e podem ser descontados da renda bruta. Todos os planos devem ser contratados por meio de seguradora credenciada pela Susep, órgão regulador do mercado.
VGBL
O Vida Gerador de Benefício Livre é indicado para quem faz a declaração do IR pelo modelo simplificado. Os valores para contribuição inicial no PGBL ou no VGBL variam entre as seguradoras. O mínimo pode chegar a 25 reais.
A sua escolha por um plano é importante porque não há como migrar de um fundo PGBL para um VGBL, por isso analise o plano mais adequado ao seu perfil antes de assinar o contrato. Tanto no VGBL como no PGBL, o dinheiro deve permanecer aplicado por, pelo menos, 60 dias antes de você sacar ou mudar para outro plano. Algumas seguradoras podem exigir a permanência mínima no fundo de previdência por até um ano.