Metaverso: nova tecnologia já está mudando o mercado de trabalho (iStock/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2022 às 09h00.
Parece algo distante, coisa de sci-fi ou de um grupo de gamers imensos em jogos do tipo sandbox, onde há limitações mínimas para o personagem e todo um mundo virtual pode ser criado e modificado. A nova fronteira dos negócios, da educação e de tudo o mais que você pensar – da moda ao entretenimento – já existe e deve ganhar espaço nos próximos anos: o Metaverso.
Este ambiente que mescla realidade aumentada e ambientes virtuais vai chacoalhar a forma como trabalhamos e deve englobar (quase) todo tipo de profissional. No prazo de apenas quatro anos, o Instituto Gartner - empresa de tecnologia e consultoria norte-americana – estima que um quarto da população mundial deve passar ao menos uma hora por dia no metaverso. Seja para trabalhar, estudar, fazer compras ou se divertir.
"Talvez isso soe como ficção científica, nos próximos cinco ou dez anos muitos de nós estaremos criando e habitando mundos tão detalhados e convincentes como esse aqui", afirmou Mark Zuckerberg em outubro de 2021, durante o evento que anunciou o novo nome do Facebook, “Meta”, e tornou público o investimento da companhia no metaverso. Zuckerberg ainda disse: "Nós acreditamos que o metaverso será o sucessor da internet móvel".
Percebe a dimensão da coisa? Hoje, grande parte dos profissionais não pode mais pensar em trabalhar sem um computador ou um smartphone e a pandemia de covid-19 acelerou essa tendência através do trabalho remoto. Uma pesquisa da Accenture – consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing – indica que 86% dos executivos entrevistados acreditam que as disrupções no trabalho, impulsionadas pelos últimos dois anos pandêmicos, se tornaram o “novo normal” e foram adaptadas e incorporadas definitivamente ao cotidiano. Portanto, há grandes chances de você logo, logo se ver imerso nessa nova realidade ainda mais híbrida.
No metaverso a ideia é de que as pessoas interajam digitalmente, através de avatares, em ambientes simulados e de forma plena. Imagine aquela reunião por vídeo chamada, só que em uma sala virtual, com todo mundo sentado e se portando como em um ambiente físico. Pois é. Será uma interação simulada por gadgets, como as proporcionadas pelos óculos de realidade virtual em 3D.
Assim, o trabalho remoto - ou o chamado “anywhere office” – que já é uma realidade, será impulsionado por esse novo tipo de vivência associado à internet 5G e que deve superar a web como conhecemos. Encontros com clientes, entrevistas de emprego e outras atividades – a exemplo de treinamentos - poderão ser feitas no metaverso, de qualquer lugar físico em que você esteja e nas mais diversas áreas de atuação, do direito ao varejo.
Duvida? No dia 31 de julho, foi ao ar uma reportagem do Fantástico que acompanhou uma cirurgia simulada, onde as realidades física e virtual se encontraram, em um hospital paulistano. A primeira feita no metaverso, acompanhada inclusive pela Universidade de Harvard. Nela, um avatar orientou o procedimento, uma biópsia ficcional de um tumor no cérebro de um bebê (um boneco ultrarrealista) feita por uma neurocirurgiã “de carne e osso”. Comentando a notícia, a neurocirurgiã pediátrica, Giselle Coelho, afirmava em entrevista que, futuramente, esta pode ser uma ferramenta de disseminação de conhecimentos sem fronteiras físicas.
A comunicação via metaverso, aliás, tende a ficar mais amigável e menos assíncrona, evitando ruídos e possíveis enganos, seja em um bate-papo informal ou em uma operação médica. Também será possível criar ambientes mais acolhedores para as interações e treinamentos. Talvez, em um primeiro momento, essa novidade chegue de forma ampla em uma espécie de realidade aumentada, como a experimentada no jogo Pokemon GO, através do próprio smartphone.
Também, é quase inevitável que algumas profissões sejam criadas, outras fiquem obsoletas e outras ainda sejam modificadas Parte dos novos trabalhos que devem emergir a partir do metaverso vão, sim, estar ligados diretamente à tecnologia e à programação de códigos, por exemplo. Mas também haverá demandas derivadas de uma nova forma de compras, trabalho e diversão. As empresas e os profissionais precisarão desenvolver novas competências.
Por exemplo: professores possivelmente continuarão tendo seu cotidiano inundado por novas experiências digitais; o ensino remoto não vai ser abandonado com a volta das salas de aula tradicionais e quem melhor se capacitar, deve ter mais chances de conseguir bons empregos em instituições de renome.
Por outro lado, novas perspectivas em algumas áreas podem ser mais radicais. A empresa de gestão de pessoas Adecco aponta como tendências profissionais 11 profissões do metaverso que devem surgir até 2030. De designers de vestuário para avatares a “criadores de mundo” – como um programador de jogos, mas com responsabilidades extra como considerar os impactos sociais de suas criações – passando gestores de segurança e caçadores de dados.
E é para descobrir como melhor explorar o metaverso e ampliar os ganhos em sua área, que o VP da EXAME Academy, Rodrigo de Godoy – historiador com Master em Comunicação e Certificação em Interação Homem-Computador pelo MIT -, vai guiar a imersão nesta nova realidade nas aulas “Explorando o Metaverso” e oferecer técnicas e ferramentas para ganhar mais em sua profissão.As aulas são 100% online, de 15 a 23 de agosto. Inscreva-se clicando aqui!