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O melhor lugar para crescer

A economia pujante e diversificada do Sudeste continua atraindo os melhores cérebros

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 16h36.

São Paulo - O sudeste se confirma, mais uma vez, como a locomotiva do Brasil. Quatro em cada dez empregos gerados no país com carteira assinada são criados por empresas que têm como sede essa região. São Paulo, com sua economia diversificada, Rio de Janeiro, que resgatou seu prestígio com os recursos que estão migrando para lá dos projetos do pré-sal, Belo Horizonte, que se consolida como uma cidade de serviços especializados, e Vitória, que tem em seu porto e na indústria da mineração os alicerces de sua riqueza, são os principais destaques do Sudeste.

Essas metrópoles foram as que mais geraram empregos no primeiro semestre do ano. Os setores mais aquecidos são óleo e gás, construção civil, automotivo e serviços. Os portos operam a todo vapor, com a escalada das importações e mais exportações para os países da América Latina e da Ásia. Por isso, o segmento de logística tem demandado cada vez mais pessoas.

Uma das cidades que mais têm se beneficiado desse fluxo é Santos, em São Paulo. Há, porém, mais um fato novo. As cidades do interior voltaram a brilhar. Elas têm se mostrado excelentes locais para fazer carreira. 

Um exemplo é Rio Claro, no interior paulista, cidade que hospeda grandes fábricas de multinacionais, como 3M e Whirlpool (dona das marcas Brastemp e Cônsul), e a nacional Tigre. No último ano, com a retomada do consumo, após uma breve freada por causa da crise financeira internacional, a indústria local voltou a produzir a plena velocidade.

Na Whirlpool, que fabrica geladeiras, lavadoras e fogões, 700 colaboradores foram contratados nos quatro primeiros meses deste ano. A maior parte deles para atuar nas linhas de montagem, mas houve contratações de profissionais para administrar os segmentos de negócio. Nas outras companhias não é diferente.

Há vagas para engenheiros, administradores de empresa, técnicos e profissionais do nível operacional. Para atrair mão de obra de cidades vizinhas maiores, como Campinas, Rio Claro oferece boas escolas, custo de vida baixo — se comparado às metrópoles do Sudeste — e qualidade de vida.

É também no Sudeste que estão baseadas as maiores e mais renomadas instituições de ensino superior, o que atrai muita gente de outras localidades. “O desenvolvimento de uma região é um ciclo que se inicia na cadeia produtiva. O elo que reforça esse ciclo é a educação. A formação das pessoas deve retroalimentar a produção”, diz Thomaz Assumpção, diretor da Urban Systems, empresa especializada em análise de tendências de mercados e cidades.


São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte têm ótimas universidades e são as cidades que hoje capacitam grande parte do mercado executivo nacional. Escolas como Fundação Getulio Vargas, Insper, Ibmec e Fundação Dom Cabral são centros de excelência em educação executiva no Brasil.

Mais empregos

Vitória, no Espírito Santo, vem atraindo muitos investimentos. A mineradora Vale está ampliando sua produção na cidade com a construção da oitava usina, que começou a ser implantada há dois anos, com previsão de estar concluída até 2012. A pelotizadora deve gerar 3 000 empregos durante a implantação e 350 permanentes. As vagas são para engenheiros e técnicos.

Há também o projeto de instalação da Termelétrica de Vitória até 2013, que deve gerar 2 500 oportunidades durante sua implantação e 70 postos de trabalho fixos. A capital capixaba também deve se beneficiar do pré-sal. De acordo com dados da Petrobras, serão investidos nos próximos três anos 10,3 bilhões de dólares na cidade. 

No Sudeste, há empregos em basicamente todos os setores. O fator determinante para conseguir uma vaga é a qualificação. As grandes companhias da região estão mais seletivas, pois operam num ambiente globalizado. Por isso, mesmo oferecendo muitas vagas, a competição é ferrenha. Portanto, estar bem preparado é fundamental.

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