Por se tratar de uma posição que está ganhando força agora e existirem poucos profissionais capacitados no mercado, os requisitos para as vagas de emprego são mais flexíveis (Freepik/Reprodução)
Por conta da alta demanda mas pouca oferta de pessoas qualificadas para trabalhar na gestão das questões ambientais, sociais e de governança das empresas, os “profissionais de ESG” estão recebendo salários acima do comum e sendo extremamente disputados por todos os tipos de organizações.
Enquanto a média salarial no Brasil gira em torno de R$ 2 mil, a remuneração em uma carreira ESG varia entre R$ 6 mil e R$ 35 mil, segundo informações do Guia Salarial Robert Half 2023. Em comparação com o salário médio brasileiro, então, um profissional que trabalha com ESG já começa recebendo cerca de 3x mais.
Em relação à quantidade de vagas, os números são tão positivos quanto. De acordo com dados obtidos através do Linkedin, hoje há mais de 700 vagas abertas para trabalhar em diversas posições desta área apenas no Brasil.
Quando se olha para os dados mundiais, são mais de 28.000 vagas de emprego anunciadas na plataforma para trabalhar em startups, empresas tradicionais e consultorias.
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Por conta das drásticas mudanças ambientais no mundo e o avanço das pautas de diversidade e inclusão, clientes, colaboradores e investidores estão mais exigentes em relação às instituições que escolhem se relacionar. Agora, redução de impacto no meio ambiente e valorização das pessoas viraram palavras de ordem nas organizações.
Segundo uma pesquisa da First Insight, cerca de 73% dos consumidores da geração Z estão dispostos a pagar mais caro por um produto desde que ele seja sustentável, por exemplo.
Em relação ao mercado de trabalho, a situação é parecida: 74% dos brasileiros esperam poder gerar impacto social e afirmam que fatores como o negócio refletir seus valores pessoais são decisivos para avaliar ou considerar um emprego, de acordo com um relatório de 2021 da consultoria Edelman.
Por isso, diversas empresas estão buscando profissionais capazes de lidar com essas demandas e implementar projetos de responsabilidade corporativa.
A título de exemplo dessa revolução no ambiente corporativo, vale destacar a forte relação entre os investidores e as empresas com práticas ESG. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria EY, 78% dos investidores entrevistados acreditam que as empresas devem investir em parâmetros ESG relevantes aos negócios.
Além disso, 99% dos investidores afirmam que as informações das empresas sobre ESG ajudam na hora de considerar um investimento e decidir, ou não, seguir com a aplicação de recursos. A agenda ESG é um aspecto tão determinante para o sucesso dos negócios que as empresas estão investindo e sendo cobradas por todos os lados.
A partir deste ano, por exemplo, a B3 passa a exigir mais diversidade de gênero e representação de pessoas de outros grupos minorizados (população LGBTI+, pessoas com deficiência e pessoas negras) nos conselhos de administração e diretorias estatutárias de todas as empresas de capital aberto listadas.
Por esses motivos, as organizações estão oferecendo altos salários e grandes pacotes de benefícios para atrair os profissionais capazes de liderar suas organizações nessa empreitada.
Dependendo da organização, um profissional de ESG vai ter diferentes atribuições, mas, no geral, sua responsabilidade é mitigar os impactos ambientais da instituição e estabelecer metas de sustentabilidade e diversidade para serem atingidas. Em algumas empresas, por exemplo, ele é responsável por desenhar projetos de inclusão, como grupos afirmativos para os colaboradores e contratação de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Já em outras, o foco é na questão ambiental, pensando em formas de tornar as instalações da empresa mais sustentáveis e menos poluentes, por exemplo. No entanto, é importante destacar que o profissional de ESG que se sobressai dos demais é aquele que domina os 3 pilares de forma aprofundada e técnica.
Ao contrário do que o senso comum possa induzir, não é preciso ter uma graduação específica para trabalhar com ESG. Por se tratar de uma posição que está ganhando força agora e existirem poucos profissionais qualificados no mercado de trabalho, as empresas são mais flexíveis na hora de definir os requisitos para as vagas.
Elas geralmente procuram por pessoas capazes de dialogar bem com outras áreas e com um amplo repertório sobre o assunto. Por isso, quem busca conhecimento técnico através de cursos livres, pós-graduações e especializações, por exemplo, costuma se destacar durante os processo seletivos.
Para ajudar todos que querem fazer uma transição de carreira ou se especializar nessa área, a EXAME organizou uma série de aulas com a sua head de ESG Renata Faber e está disponibilizando os conteúdos gratuitamente para todos que se inscreverem nesta página.
Ao longo dos encontros, Faber vai abordar o contexto que permitiu a ascensão do ESG, dar dicas para se destacar nesta carreira e contar um pouco da sua própria experiência.
Ela é formada em Administração de Empresas pela FGV, passou mais de 20 anos no mercado financeiro (sendo reconhecida anualmente, de 2005 a 2017, como uma das melhores analistas da América Latina pelo ranking da Institutional Investor), mas o tempo de trabalho na área e vivência com investidores internacionais fez com que, em 2012, Renata percebesse o crescimento do tema ESG e começasse a mergulhar nesse campo.
Agora, como Diretora de ESG na EXAME, ela vem trabalhando ativamente em parceria com empresas para auxiliá-las a avançar na agenda
Para ter acesso ao conteúdo gratuitamente e ainda receber um certificado de participação ao fim dos encontros, os interessados devem se inscrever no site do treinamento ou clicar no link abaixo.