Alienígena (cosmin4000/Thinkstock)
Claudia Gasparini
Publicado em 5 de agosto de 2017 às 06h00.
Última atualização em 5 de agosto de 2017 às 06h00.
São Paulo — Parece ficção científica, mas não é: a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) realmente está contratando um profissional que ajude a proteger o planeta de ETs. E por um salário que pode chegar a 187 mil dólares por ano — algo em torno de 48,6 mil reais por mês.
A vaga é para "agente de proteção planetária", cujo trabalho é eliminar os riscos de contaminação da Terra por qualquer tipo de material alienígena na volta de uma expedição espacial.
O maior foco de preocupação é Marte. Isso porque os astronautas vivem trazendo amostras do planeta vermelho em busca de provas de que já existiu vida em sua superfície. O objetivo é coletar fósseis, e não material alienígena que possa trazer algum tipo de ameaça para a Terra.
A função do agente de proteção planetário é determinar procedimentos, regras e tecnologias para reduzir o risco de isso acontecer.
Da mesma forma, ele também deve garantir que as espaçonaves terrestres não levem nenhum micro-organismo prejudicial para outros planetas, luas e corpos celestes.
A chance de levarmos material orgânico perigoso para fora da Terra é de 1 em 10 mil — um risco moderado na visão de Catharine Conley, única pessoa a ocupar o cargo de agente de proteção planetária da Nasa até agora, segundo o site Business Insider.
Seu trabalho é analisar criteriosamente robôs que serão enviados para missões no espaço de modo a evitar que acidentalmente contaminem seus destinos.
De forma geral, porém, a rotina do guardião do planeta é mais burocrática do que parece: uma semana típica, segundo Conley, envolve responder e-mails, analisar estudos e preparar relatórios.
Para se candidatar à vaga, é preciso ter cidadania norte-americana e exibir no currículo pelo menos um ano de experiência como funcionário do governo dos Estados Unidos, além de “conhecimento avançado” sobre os procedimentos de proteção do planeta.
É requisito ter formação em física, matemática e engenharia. Também é preciso ter “experiência comprovada com planejamento, execução e supervisão de elementos de programas espaciais com relevância nacional”, bem como habilidades diplomáticas para lidar com “discussões complexas e multilaterais”.
Para quem se julgar apto para a aventura, as inscrições estão abertas até 14 de agosto e podem ser feitas no site USAJobs.