Carreira

Modelo híbrido cria empresa de duas vias, diz autoridade do BOE

Catherine Mann acredita que o modelo híbrido também pode ampliar a desigualdade de gênero

Em meio à perspectiva de recessão para o próximo ano e de mais ondas de demissão em empresas de tecnologia, o poder de barganha dos profissionais poderá sumir — e, com ele, o home office (Alistair Berg/Getty Images)

Em meio à perspectiva de recessão para o próximo ano e de mais ondas de demissão em empresas de tecnologia, o poder de barganha dos profissionais poderá sumir — e, com ele, o home office (Alistair Berg/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 12 de novembro de 2021 às 13h53.

Catherine Mann, que faz parte do Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra, disse que o modelo híbrido de trabalho poderia ampliar a desigualdade de gênero ao abrir “duas vias”: entre os que vão ao escritório e os que trabalham remoto.

O trabalho presencial é uma forma importante para as pessoas construírem carreiras, enquanto o home office torna essa visibilidade mais difícil, disse Mann em encontro virtual sobre mulheres no setor de finanças. Ela acrescentou que a pandemia manteve mais mulheres em casa por causa de questões de cuidados infantis.

“Eu me preocupo que veremos essas duas vias desenvolvidas”, disse Mann, ex-economista-chefe global do Citigroup, que passou a fazer parte do CPM do BOE em setembro. “Sabemos muito bem quem estará em determinada via, infelizmente.”

O banco central britânico consulta funcionários e membros do comitê depois de algumas das reuniões de política monetária com modelo híbrido mais críticas. O objetivo é identificar se sentiram que tiveram oportunidades iguais de contribuir, independentemente da localização, disse Mann. A questão é como criar um equivalente online para as conversas informais que surgem naturalmente no escritório.

“A presença física é importante”, disse. “Não chegamos ao ponto em que podemos realmente ter uma conversa para socializar em um ambiente virtual.”

Mann acrescentou que é importante que indivíduos, bem como instituições, reconheçam os desafios dos ciclos de vida das mulheres, como a gestação, menopausa e o impacto desses períodos no trabalho.

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