SUPERAGRO: evento terá seis painéis, somando mais de cinco horas de conteúdo (Getty Images/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 5 de outubro de 2022 às 18h00.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 14h56.
Responsável por cerca de 30% do nosso PIB (e por ajudar a alimentar uma porcentagem significativa da população mundial), o agronegócio brasileiro foi um dos setores menos afetados pela crise do coronavírus no país e fechou o primeiro semestre deste ano com superávit de US$ 71,2 bilhões, um crescimento de 32,3% ante o mesmo período de 2021, de acordo com dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Para acompanhar o aumento da produção e expansão do setor, a demanda por profissionais da área também cresceu. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mais de 150 mil vagas ligadas ao agronegócio foram abertas no Brasil ao longo do ano passado. Outro estudo, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP, mostrou que a população empregada no setor entre abril e junho deste ano somava mais de 19 milhões de pessoas, um aumento de 4,6% em relação ao mesmo período de 2021.
Com isso, pode se dizer que o agronegócio já é responsável por empregar um em cada três trabalhadores do país — e a tendência é que a digitalização do setor ajude a aumentar ainda mais essa geração de empregos (inclusive de forma mais sustentável) nos próximos anos. Para sermos mais exatos, o mercado de tecnologia para o campo (que, segundo estimativas, atingirá o valor de US$ 8,33 bilhões até 2026) deve ajudar a criar 178,8 mil vagas de emprego no país até o ano que vem. Os dados são da pesquisa “Profissões emergentes na Era Digital: oportunidades e desafios na qualificação profissional para uma recuperação verde”, resultado de uma parceria entre a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), o Senai e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A boa notícia é que, devido ao caráter mais tecnológico dessa nova fase do agro, não é preciso ter formação em áreas tradicionalmente associadas ao setor (por exemplo, veterinária ou agronomia) para conquistar as posições que estão surgindo.
Engenheiros, economistas, desenvolvedores, administradores e outros profissionais também devem encontrar, na digitalização do agronegócio, uma oportunidade de mudar de carreira e conquistar salários acima da média sem sair dos grandes centros.
Neste momento, por exemplo, um dos profissionais mais procurados é o técnico em agronegócio digital. Também conhecido como agro digital manager, ele é o principal responsável pela implementação de projetos digitais em propriedades agrícolas. Assim, suas atribuições têm a ver com a identificação de problemas no campo, mapeamento das soluções tecnológicas possíveis e posterior coordenação de um time de especialistas para implementação das estratégias no negócio. Assim, é possível pensar no agro digital manager, como um coordenador de projetos digitais aplicados ao agronegócio.
Aula gratuita: descubra como se qualificar para lucrar com a digitalização do agronegócio
Para que você possa conhecer estes e outros cargos que começam a surgir no mercado de agricultura digital (e também os possíveis caminhos para migrar para o setor), a EXAME apresenta, entre os dias 17 e 25 de outubro, a série Carreira no Agronegócio.
Apresentado por Francisco Jardim, sócio-fundador da SP Ventures (uma das gestoras de Venture Capital especializada no agronegócio mais tradicionais do país), o conteúdo será disponibilizado de forma gratuita, mas é necessário preencher um formulário de interesse (disponível aqui) para garantir a sua vaga.
Durante os encontros, Jardim irá abordar:
QUERO DESCOBRIR COMO ME TORNAR UM DOS PROFISSIONAIS MAIS DISPUTADOS DO MERCADO BRASILEIRO