Natação: a falta de conhecimento de natação entre a maioria dos cidadãos chineses causa vários acidentes mortais entre pessoas, sobretudo crianças (Adam Pretty/Getty Images)
EFE
Publicado em 27 de março de 2017 às 14h10.
Última atualização em 27 de março de 2017 às 15h23.
Pequim - A Universidade de Tsinghua, a melhor do país segundo as classificações internacionais, estabeleceu um novo regulamento pelo qual todos seus alunos deverão saber nadar se quiserem se formar, uma exigência complicada em um país onde a maioria das crianças não costuma ter aulas de natação.
Segundo informa nesta segunda-feira o "Diário do Povo", jornal porta-voz do Partido Comunista da China, a universidade obrigará todos os novos alunos que se matricularem a demonstrar que sabem nadar, e caso contrário, os obrigará a ter aulas dadas no próprio campus.
O decano de Educação Física e Ciências do Esporte da universidade, Liu Bo, explicou que Tsinghua já tinha estabelecido esta obrigatoriedade há 90 anos, pouco após ser fundada em 1911, mas que o requisito teve que ser abandonado devido ao crescimento do número de alunos e à falta de piscinas.
"Nadar é um conhecimento necessário para sobreviver", defendeu Liu, que explicou que já são muitos os alunos que estão tendo aulas de natação em seu primeiro ano na universidade.
Os estudantes da Tsinghua deverão passar em algum momento da carreira por um exame de natação no qual precisam demonstrar serem capazes de nadar de ponta a ponta uma piscina de competição de 50 metros usando um dos quatro estilos frequentes neste esporte (livre, peito, costas ou borboleta).
Outros centros superiores da China, como a próxima Universidade de Pequim e a de Xiamen, no sudeste do país, também decidiram recentemente a mesma obrigação aos alunos.
A falta de conhecimento de natação entre a maioria dos cidadãos chineses causa vários acidentes mortais entre pessoas -sobretudo crianças- que caem fortuitamente em rios, tanques e açudes, ou que inclusive se lançam à água intencionalmente para tentar salvar outros.