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Mais da metade dos brasileiros usa LinkedIn para buscar vagas internacionais, aponta estudo

Além do LinkedIn, há outros meios para encontrar uma vaga de trabalho no exterior. Veja quais são e quais países buscam talentos brasileiros

Pesquisa também revela que profissionais que moram no Brasil e trabalham remotamente para empresas estrangeiras registram mais satisfação profissional por causa da flexibilidade  (Rocky89/Getty Images)

Pesquisa também revela que profissionais que moram no Brasil e trabalham remotamente para empresas estrangeiras registram mais satisfação profissional por causa da flexibilidade (Rocky89/Getty Images)

Publicado em 23 de fevereiro de 2025 às 08h08.

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A busca por oportunidades de trabalho remoto no exterior tem crescido entre os brasileiros, e o LinkedIn se destaca como a principal ferramenta para essa conquista. De acordo com a pesquisa "Brazilian Global Salary", realizada pela TechFX, plataforma especializada em câmbio para profissionais que prestam serviços ao exterior, 53,65% dos profissionais que conseguiram uma vaga em uma empresa internacional usaram a rede social para se conectar com empregadores estrangeiros. O levantamento entrevistou 1.611 brasileiros entre novembro e dezembro de 2024, sendo que 1.433 já trabalham para empresas internacionais.

Além do LinkedIn, as indicações de amigos aparecem como outro canal importante na busca por empregos no exterior, mencionadas por 22,92% dos entrevistados. Outros meios incluem agências de recrutamento (10,42%), plataformas de emprego (8,85%) e os próprios sites das empresas (4,17%).

LinkedIn como porta de entrada para o mercado global

Para Eduardo Garay, CEO e fundador da TechFX, o uso expressivo do LinkedIn reforça seu papel essencial para quem deseja trabalhar para empresas estrangeiras. “O LinkedIn tem se consolidado como a principal porta de entrada para profissionais brasileiros no mercado internacional, especialmente em setores altamente qualificados. Manter um perfil atualizado e estratégico é fundamental para atrair recrutadores”, afirma Garay.

Os países que mais contratam

O estudo também aponta que os Estados Unidos lideram a contratação de brasileiros para o trabalho remoto, concentrando 85% das oportunidades. Em seguida, aparecem Austrália e Canadá, cada um representando apenas 1,85% das contratações.

Emprego no exterior, satisfação profissional

Outro dado relevante da pesquisa revela que profissionais que moram no Brasil e trabalham remotamente para empresas estrangeiras registram uma média de satisfação de 4,46 pontos (em uma escala de 1 a 5). Esse índice é significativamente superior ao dos profissionais que atuam para empresas nacionais, cuja média de satisfação ficou em 3,66 pontos.

O regime de trabalho também influencia no nível de contentamento dos profissionais. O estudo indica que aqueles que atuam 100% remotamente apresentam um índice de satisfação de 4,24 pontos, enquanto profissionais em modelos híbrido e presencial registram 3,62 e 3 pontos, respectivamente.

"A combinação de salários em moedas fortes, liberdade geográfica e flexibilidade de rotina faz do trabalho remoto internacional uma opção cada vez mais atrativa", afirma Garay.

O crescimento da internacionalização da carreira

O interesse das empresas estrangeiras nos profissionais brasileiros tem crescido de forma significativa. Segundo o Relatório Global de Contratações Internacionais da Deel, houve um aumento de 46% na contratação de brasileiros para empresas de fora do país no último ano.

Esse movimento de internacionalização da carreira deve continuar em expansão, impulsionado tanto pelo desejo dos profissionais por melhores condições de trabalho quanto pelo interesse das empresas em acessar talentos qualificados a um custo competitivo.

Dicas para conseguir uma vaga no exterior

Diante desse cenário, o especialista recomenda que os profissionais interessados em oportunidades internacionais invistam em uma presença digital forte, aprimorem suas habilidades linguísticas e estejam bem-preparados para processos seletivos em mercados globais.

“Manter um perfil otimizado nas plataformas de emprego e ter uma rede de contatos ativa pode ser o primeiro passo para uma carreira além das fronteiras”, afirma Garay.

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