Carreira

Magazine Luiza reconhece talentos, mas evita mimos

Segundo a presidente da empresa, Luiza Helena Trajano, é preciso cobrar resultados sempre

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2011 às 10h35.

O Magazine Luiz mantém uma política bastante forte de reconhecimento, tanto monetário quanto não monetário. Ela abrange desde ações simples, como o reconhecimento do funcionário destaque do mês, até programas mais elaborados. Mas, para que as recompensas não sejam vistas apenas como regalias, a companhia cobra constantemente resultados dos funcionários.

"Exigimos muito e sempre estou atenta para não mimá-los. Tenho muito medo de mimar", afirma a empresária Luiza Helena Trajano, presidente da rede varejista. Recentemente, a empresa precisou reajustar a parcela fixa da remuneração de seus funcionários, a fim de compensar uma parte das perdas causadas pela macroeconomia neste ano.

Luiza conta que atendeu à reivindicação um tanto contrariada. "Isso definitivamente nunca foi e não será uma prática. Acredito que a renda variável é o mais importante, porque ela faz as pessoas trabalharem por resultados. O meu princípio é: se a empresa lucra, todos lucram," afirma.

Mérito reconhecido

O mineiro Marco Antônio Borges é um exemplo. Borges ingressou no Magazine Luiza aos 18 anos, como vendedor de uma loja da rede em Uberlândia. Pouco tempo depois, foi promovido a encarregado e, devido a seu desempenho na função, ganhou uma viagem de uma semana para Salvador, com direito a um acompanhante. Borges escolheu a mãe. Foi a primeira viagem de avião de ambos.

De lá pra cá, ele não parou de se destacar e de rodar o país, gerenciando lojas em diferentes estados e viajando para outros como prêmio por resultados acima da média. No final de 2004, na última convenção da rede, foi promovido a gerente regional.

Há pouco mais de três meses, ele gerencia 23 lojas na região de Campinas. "É a terceira regional da rede em faturamento e em breve será a segunda", diz ele.

O histórico de Borges, hoje com 35 anos, promete. Seu último feito foi dobrar o faturamento de uma loja problemática do Magazine Luiza em um shopping center de alto nível em Sorocaba, no interior de São Paulo.


"Foi um desafio enorme, porque o nosso conhecimento maior é de lojas de rua", afirma. Graças a essa façanha, Borges ganhou mais uma viagem de uma semana para qualquer lugar do país, com direto a levar a mulher, filhos, pais e, se quiser, sogros.

Mas decidiu adiar o passeio com a família para o ano que vem, quando já estiver mais familiarizado com as rotinas da nova função. "Não preciso sair do Magazine Luiza para buscar desafios. Eles estão todos aqui, para serem superados, um por um", afirma. "Aqui, não tenho dúvidas de que o meu desempenho pode me levar até onde eu quiser".

Incentivos

No ano passado, a empresa promoveu a "Olimpíada do Bilhão", uma campanha para incentivar os vendedores e funcionários de apoio a conquistar o primeiro bilhão de faturamento da empresa.

A meta foi superada e o faturamento bateu em 1,4 bilhão de reais. Dezenas de funcionários tiveram seu desempenho destacado ao longo do ano. Os 12 que tiveram o melhor desempenho durante todo o ano viajarão agora em setembro para a Disney, na Flórida, levando um acompanhante.

Este ano, a campanha se chama "Copa dos Campeões". Os critérios são semelhantes, com a diferença que os destaques do ano ganharão uma viagem para a Copa do Mundo 2006, na Alemanha, com direito a acompanhante.

Eles também serão convidados para participar do seminário de posicionamento estratégico --- o grande encontro anual das liderança do Magazine.

O Magazine Luiza também possui outros programas de incentivos, como a distribuição de 10% do lucro que exceder à meta anual, pagamento de até quatro salários anuais de bônus para os gerentes e o aumento do percentual de comissão a cada meta atingida.

Acompanhe tudo sobre:ComércioEmpresáriosEmpresasEmpresas brasileirasluiza-helena-trajanoMagazine LuizaVarejo

Mais de Carreira

Ele trabalha remoto e ganha acima da média nacional: conheça o profissional mais cobiçado do mercado

Não é apenas em TI: falta de talentos qualificados faz salários de até R$ 96 mil ficarem sem dono

Ela se tornou uma das mulheres mais ricas dos EUA aos 92 anos – fortuna vale US$ 700 mi

Entrevista de emprego feita por IA se tornará cada vez mais comum: ‘É real, está aqui'