É um dia qualquer de 2016. Quantas vezes você usou seu celular hoje? Seu computador? Seu cartão do banco? Aplicativos e plataformas digitais seguem transformando setores como mobilidade urbana, saúde, segurança e gestão pública, integrando funções e ferramentas que facilitam o dia a dia dos usuários. Era questão de tempo, então, até que surgisse algo no setor de serviços financeiros.
O movimento é encabeçado pelas empresas chamadas de fintechs. O termo vem do inglês financial technology e está em franca ascensão no Brasil. Segundo relatório publicado em 2016 pelo FintechLab, especializado em América Latina, o país já tem mais de 130 empresas do tipo. Um número substancialmente menor que as cerca de 2 mil americanas, mas um começo notável.
Extremamente inovadoras, as empresas que vêm desbravando esse campo no país também têm despertado interesse e curiosidade dos consumidores. De crowdfunding a empréstimos peer-2-peer, passando por cartões de crédito, pagamentos móveis e educação financeira, as fintechs formam uma indústria repleta de subdivisões.
A ideia por trás costuma ser tornar transações mais eficientes, principalmente através da redução de intermediários e custos e da automação de análises. O foco na experiência do usuário também é fundamental.
Num país dominado por poucas instituições, o resultado acaba criando também uma chance de democratização do setor. Renan da Costa Rego, gerente de aceleração da Artemísia, que seleciona fintechs com potencial de impacto social, destaca que cerca de 40% dos brasileiros não têm acesso a serviços financeiros em geral.
“Os dois pilares principais para ter impacto no Brasil são a diminuição do custo de transação e o acesso à informação, já que não adianta ter acesso ao serviço sem educação financeira agregada”, explica. “Há diversos modelos de negócios que diminuem a condição de vulnerabilidade, como uma fintech de microsseguros para população de baixa renda, por exemplo.”
A Tô Garantido se enquadra nessa categoria. “Queria algo que fizesse sentido no final. Diante disso, passei a estudar alguns modelos de negócios de impacto social e de microfinanças. Dentro deles, a gente encontrou nos microsseguros um grande potencial de negócio em um mercado ainda com muito por atingir no Brasil”, explica o fundador Felipe Cunha em entrevista concedida no começo do ano ao Na Prática.
O potencial, segundo Felipe, é realmente gigantesco: estima-se que mais de 100 milhões de pessoas no Brasil nunca tenham tido uma apólice de seguros. Não é só uma questão de oportunidade, mas de estratégia: hoje ele vende seguros que começam com um valor mensal inferior a 10 reais, indo na contramão da política de precificação promovida pelas grandes seguradoras. E ele não é o único ex-funcionário de um grande banco a trocar a carreira corporativa pelo universo das fintechs.
Empreendedorismo
Ao oferecer também ferramentas para pequenos empreendedores, o setor potencializa o desenvolvimento de novos negócios no país. Na plataforma de empréstimos BIVA, por exemplo, é algo que fica claro diariamente.
Acelerada pela Artemísia, a BIVA fez sua primeira operação em abril de 2015 e já soma 8 mil pedidos de empréstimo. Após uma triagem inicial automatizada, mais de quatro mil deles passaram para a fase seguinte, momento em que a equipe conduz uma nova análise. O processo acaba em poucas horas. No primeiro semestre de 2016, 250 empréstimos foram liberados.
“O que mais ouvimos de quem toma o empréstimo é: ‘Qual é a pegadinha aqui?’”, ri Paulo David, cofundador e diretor de operações da empresa. “Esse cara é maltratado pelo que há no mercado hoje, tem pouca flexibilidade de acesso a crédito e, quando tem, as taxas são muito altas. Ao tratar o empreendedor de maneira justa e transparente, com taxas baixas e uma boa user experience, o deixamos super contente.”
Quando Paulo situa a BIVA em oposição aos grandes bancos, o que quer dizer exatamente? É porque a empresa aposta em uma modalidade diferente de empréstimo, chamada de ponto a ponto, ou peer-to-peer lending (P2P). É um termo crucial para entender as inovações trazidas por fintechs como essa.
‘Peers’, no caso, são pessoas como eu e você. E P2P é a relação comercial que pode acontecer entre nós, sem empresas ou fornecedores envolvidos, e intermediada por plataformas bastante sofisticadas. É a lógica que permite que você alugue o meu apartamento pelo Airbnb, contrate meus serviços pelo GetNinjas ou pegue uma carona comigo pelo BlaBlaCar. E também que você forneça ou pegue empréstimos pela BIVA.
Como as fintechs têm quase todos os seus processos online, podem oferecer o serviço final por um preço mais barato que as instituições financeiras tradicionais, já que não há gastos com intermediários. Assim, credores podem ter retornos mais elevados do que teriam ao simplesmente investir o dinheiro na poupança. E para quem toma o empréstimo, as taxas de juros também são mais baixas.
Desafios
De sua experiência na Artemísia, Renan da Costa diz que um ponto crucial na trajetória das fintechs é delinear a estratégia de entrada no mercado. “Todo mundo é relativamente novo e forte, mas precisa atrair o usuário, ter um modelo que pare em pé e que possa escalar”, diz. “É preciso gerar uma proposta de valor muito clara e isso é difícil.”
David Vélez, cofundador e CEO do Nubank, concorda. “A grande dificuldade é fazer o salto de algumas centenas de clientes para milhões. É a parte mais difícil para qualquer fintech do mundo.”
A regulamentação e burocracia brasileiras também são citada como ponto de atenção. É preciso estar de acordo com as regras promulgadas pelo Banco Central e, não raro, ir lá explicar seu negócio para evitar problemas futuros. “Você está ‘preso’ a algumas regras e precisa passar por elas para dar segurança ao cliente final”, explica Alan Chusid, à frente da área de business da contro.ly.
No mercado desde 2015, a empresa tem cerca de 30 funcionários e atende 10 mil clientes com uma solução para contas corrente. Através de um cartão pré-pago, são oferecidos muitos dos mesmos serviços de um banco, exceto crédito: é possível fazer saques, transferências, pagamentos de contas e compras internacionais no débito. A responsabilidade é levada a sério. “Não é uma brincadeira. Se por acaso nós quebrarmos, o dinheiro não pode desaparecer”, resume.
De maneira geral, o governo parece caminhar para facilitar o caminho das fintechs, e os investidores já perceberam esse quadro positivo. “Funding não é problema, porque está todo mundo querendo investir nelas”, brinca Renan. O FintechLab estima que as startups brasileiras captem R$ 450 milhões até o fim de 2016 – e só a BIVA já tem mais de 5 mil investidores.
“Quando conversávamos com investidores, nosso pitch era só o seguinte: somos a primeira fintech de peer-2-peer lending do Brasil”, diz Paulo David. Atualmente, a BIVA oferece ganhos de até 20% ao ano.
O resumo bastou para conquistar David Vélez, que se tornou sócio da empresa. “A oportunidade de peer-2-peer lending é bem grande no Brasil”, explica ele, que seleciona uma ou duas fintechs por ano para investir como forma de fortalecer o setor. “Gosto de participar da criação desse ecossistema no país.”
Quando o próprio David começou o Nubank, em idos de 2013, o cenário era outro. Ele lembra que, quando apresentou sua ideia de uma nova emissora de cartão de crédito a investidores brasileiros, não conseguiu nada. Precisou buscar capital em fundos de investimento no Vale do Silício. “Eles estão muito mais acostumados com isso por lá, então estudaram o mercado e decidiram investir”, explica.
O mercado era mesmo propício. “Fiquei impressionado com a quantidade de tarifas e juros pagos pelos clientes brasileiros. Não há outro país no mundo com taxas tão altas”, lembra ele, que nasceu na Colômbia e se formou na Universidade Stanford, nos EUA. Outro ponto importante na hora de decidir pela área foi o crescimento do acesso à internet e das compras online, que frequentemente exigem um cartão de crédito.
O empresário vislumbrou então a oportunidade de criar uma das primeiras fintechs do Brasil: uma nova instituição financeira, que utilizasse canais 100% digitais e focasse em oferecer a melhor experiência possível para o cliente. Hoje, são centenas de milhares de usuários pelo Brasil (ele não revela o número exato). Outros 450 mil estão na fila de espera.
Trabalho
Dados do FintechLab também revelam que uma em cada cinco fintechs brasileiras tem mais de 20 funcionários. O próprio Nubank, maior case de sucesso do país, tem 340. Um deles é Eduardo Duarte e Araújo, que trabalha como analista de experiência do cliente.
Formado em Relações Públicas, ele já era usuário quando visitou a empresa e tinha viajado da mineira Salinas para atuar como facilitador do Imersão Marketing, programa de carreira do Na Prática. Ao mesmo tempo, buscava um novo emprego que o inspirasse.
Gostou tanto do que ouviu na apresentação que, em janeiro de 2016, se mudou para São Paulo e começou a trabalhar no local. “Nós atendemos os clientes para entender o que pode ser melhorado, tanto na comunicação quanto no aplicativo, e fazemos sugestões ao time”, diz sobre a sua função na empresa. “O objetivo é que o app resolva sozinho a maioria dos problemas, mas as pessoas ainda estão se acostumando com a tecnologia.”
O ambiente é típico de uma startup: informal, horizontalizado, com foco na entrega de resultados e em instigar o sentimento de dono em cada um (o escritório todo roxo da empresa, inclusive, tem dado o que falar). “Não temos as divisões tradicionais de departamentos e até evitamos ter”, continua Eduardo. “Tem engenheiro fazendo o mesmo serviço que eu, físico trabalhando com design. O mais importante é ser bom naquilo que você faz, não necessariamente sua formação.”
“Numa startup, é tudo diferente”, fala Alan Chusid. “Nas outras empresas em que trabalhei, você fica muito no seu quadrado. Aqui, tem suas obrigações e também precisa pensar no que pode fazer para melhorar resultados, diminuir custos, ter vantagens competitivas. É uma vida intensa de aprendizado holístico. Se não prestar atenção no todo, não vai dar certo.”
Para ele, as fintechs provaram que suas estruturas funcionam. “É possível baratear os custos de qualquer transação financeira e deixar tudo mais rápido”, explica. “Pelo celular, você pode tomar crédito na BIVA, pedir seu cartão de crédito no Nubank ou abrir sua conta corrente no contro.ly ao responder três perguntas. Isso gera muito valor que, atrelado aos benefícios que cada uma busca entregar, é a receita para o sucesso.”
O tamanho reduzido intensifica a jornada de trabalho. Faz tempo que sábado virou dia útil na startup, que tem sede no espaço de coworking Cubo, e não existe horário de entrada ou saída. “Na contro.ly existe comprometimento e pressão, então é preciso estar tranquilo com isso”, esclarece.
A reunião semanal que reúne os funcionários é quando a horizontalidade se faz mais presente. “Todos ouvem, dão opiniões e sabem de tudo. Às vezes a solução de marketing sai da cabeça do programador, por exemplo. É um processo totalmente aberto”, diz Alan. “São muito motivados e esse é o grande ponto.”
* A matéria completa está no portal do Na Prática, portal de carreira da Fundação Estudar
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1. O dia a dia em uma das startups mais desejadas
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1/12 (EXAME.com/Karin Salomão)
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2. Emilio Gonzalez, 31 anos, business analyst
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2/12 (Divulgação)
Há quanto tempo está na empresa:
Seis meses. O que faz:
Trabalho em um time razoavelmente grande, que olha todo o processo de aquisição de novos clientes. Somos responsáveis por alcançar o maior número possível de pessoas com interesse no nosso cartão, pelos modelos que nos ajudam a fazer a análise de crédito (com base em vários fatores, como: risco estimado do cliente, capacidade operacional, etc). Também trabalhamos para garantir que o processo de entrada do cliente seja o mais simples e fácil possível. O que achou mais legal ao começar a trabalhar no Nubank?
Meus outros empregos foram em empresas grandes e em consultorias, e posso dizer que a minha experiência no Nubank tem sido muito gratificante! Primeiro: Esperam que você contribua para a empresa desde o primeiro dia e com bastante responsabilidade, mesmo sendo muito jovem (provavelmente por que somos todos muitos jovens aqui). Segundo: Os problemas que estamos tentando resolver são bem complexos e interessantes, o que oferece uma grande oportunidade de aprender e fazer contribuições relevantes. Terceiro: Aqui temos a chance de trabalhar ao lado de pessoas muito inteligentes e interessantes, de diversos backgrounds. No nosso time temos engenheiros, data scientists, analistas, gerentes de projeto, Xpeers, sendo que a maioria dos projetos precisa do trabalho de absolutamente todos eles. Quarto: Tudo acontece muito rápido aqui. Não tem problema cometer erros e "quebrar as paredes" se for para aprender e melhorar. É muito empolgante ver mudanças acontecendo a todo momento e ver projetos que você está trabalhando de fato acontecerem. Quinto: Eu acredito profundamente no propósito que o Nubank tem: mudar completamente a forma na qual as empresas de serviços financeiros funcionam. É incrível trabalhar com um produto que as pessoas amam e saber que o seu trabalho de fato faz a diferença. O que é mais desafiador na sua rotina?
Acho que a parte mais desafiadora é a priorização. Tem muitas coisas que queremos fazer, novas ideias estão sempre surgindo, mas ao mesmo tempo temos um número limitado de pessoas. Por isso, priorizar os projetos pelo nível de importância e o esforço de trabalho se torna extremamente importante e desafiador. Qual dos mimos (benefícios) oferecidos pela empresa mais agrada?
Gosto muito de como o escritório foi montado e do dress code casual.
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3. Gabriela Silva Andrade, 25 anos, analista de People & Culture (RH
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3/12 (Divulgação)
Há quanto tempo está na empresa?
Oito meses O que faz:
Atuo nas admissões e na administração dos benefícios de todos os funcionários garantindo que todos tenham a melhor experiência na relação com a empresa, desde o processo de admissão até a integração com o time de trabalho. O que achou mais legal ao começar a trabalhar no Nubank?
A estrutura da empresa é algo diferente de tudo que já vi antes. Ela é bem horizontal, não tem muita hierarquia e muito menos burocracia. Aqui as decisões são tomadas rapidamente, temos autonomia e o mais legal é a capacidade que eu tenho de influenciar e mudar as coisas aqui dentro. Todos aqui são extremamente importantes e sentimos isso, o senso de dono está na veia. O que é mais desafiador na sua rotina?
É o fato não ter uma rotina. Por sermos uma startup, muitos processos ainda não estão bem definidos e, além disso, as coisas podem mudar no meio do caminho. Por isso, acredito que um grande desafio é ser resiliente e estar pronto para fazer as coisas acontecerem. Qual dos mimos (benefícios) oferecidos pela empresa mais agrada?
Eu amo a estrutura do nosso escritório. As áreas de integração que temos no nosso prédio são ótimas, pois nos dão liberdade de poder trabalhar no terraço, nas varandas, nos sofás ou até mesmo na nossa biblioteca, que tem um ambiente mais tranquilo e quieto, ideal para quando você precisa de silêncio para se concentrar.
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4. M. Gabriela Rojas Cabezas, 31 anos, product manager
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4/12 (Divulgação)
Quanto tempo está na empresa:
11 meses. O que faz:
Defino os produtos de software a serem desenvolvidos, para aumentar a eficiência operacional dentro do Nubank. O que achou mais legal ao começar a trabalhar no Nubank?
Definitivamente a cultura descontraída, mas eficiente e voltada para a excelência, que a empresa tem. Os funcionários evitam burocracia e complexidade ao máximo, promovendo agilidade, independência e criatividade. Isso impressiona muito, principalmente para quem vem de empresas mais tradicionais. O que é mais desafiador na sua rotina?
Comunicação. Na minha função como product manager, trabalho para definir os objetivos e o plano do time, atendendo às necessidades da nossa operação e das diferentes pessoas envolvidas nela. Esse trabalho precisa de forte componente de comunicação, para manter as pessoas em conhecimento das decisões que tomamos, e do estado dos nossos desenvolvimentos, etc. Tudo isso num ambiente de muita mudança e crescimento. Como product manager, tento manter uma comunicação fluída e constante, mas evitando burocratizar, o que não é trivial. Qual dos mimos (benefícios) oferecidos pela empresa mais agrada?
Trabalhar com pessoas inteligentes e engajadas. Frequentemente fico surpresa com as ideias, o pensamento crítico e a energia que os funcionários colocam em tudo que fazem. É um privilégio trabalhar num ambiente cheio de pessoas com essas características, com uma cultura que promove esse tipo de comportamento.
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5. Guilherme Hymans Sanchez Netto, 27 anos, business architect & squad lead de logística
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5/12 (Divulgação)
Há quanto tempo está na empresa:
Um ano e nove meses. O que faz:
Lidero o time que cuida da logística, desde a produção do cartão até a entrega para o cliente. Cuido da gestão dos nossos fornecedores, dos nossos processos e da nossa comunicação. O que achou mais legal ao começar a trabalhar no Nubank?
O nível de liberdade e responsabilidade que nós temos. Desde o começo a minha missão era achar a melhor maneira de produzir e entregar nossos cartões de crédito. Ninguém nunca me disse exatamente o que fazer e nem como fazer, isso foi definido por mim junto com o time. Nós que escolhemos nossas métricas, nós que priorizamos nossos projetos e nós que nos organizamos da melhor maneira para o nosso time e a empresa. O que é mais desafiador na sua rotina?
Como eu disse acima, essa liberdade vem acompanhada de bastante responsabilidade e uma cobrança grande. No começo a parte mais difícil era estabelecer o relacionamento com os fornecedores e fortalecer nossas parcerias, hoje em dia o grande desafio é otimizar essas parcerias. Nosso time chegou em um patamar em que a rotina funciona muito bem e todas as melhorias mais "óbvias" já foram feitas. Para chegarmos na melhor maneira de produzir e entregar cartões nós precisamos ser ainda mais criativos e buscar soluções internas cada vez mais específicas e diferentes. Qual dos mimos (benefícios) oferecidos pela empresa mais agrada?
O ambiente de trabalho dinâmico, descontraído, jovem e ao mesmo tempo extremamente competente. Todo mundo aqui trabalha da maneira que se sente mais confortável e, apesar da responsabilidade e da cobrança, os meus dias não são estressantes. Quando eu preciso de um tempo para espairecer eu posso jogar ping-pong, brincar com um dos muitos cachorros que visitam o nosso escritório ou debater algum ponto com os meus amigos para esclarecer as ideias e aprender alguma coisa nova.
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6. Hélio Lascala Martins Padrão, 29 anos, mobile tech leader
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6/12 (Divulgação)
Quanto tempo está na empresa:
2 anos e 9 meses. O que faz:
Sou um dos responsáveis pelo desenvolvimento de toda área mobile do Nubank, tendo criado o projeto de Android. O que achou mais legal ao começar a trabalhar no Nubank?
Quando eu entrei, o que me chamou muito a atenção foi o nível de conhecimento técnico da equipe, que no início era enxuta, mas extremamente eficiente. Além disso, as decisões são transparentes e, muitas vezes, compartilhadas, o que fica mais evidente no modelo horizontal, sem hierarquia. O que é mais desafiador na sua rotina?
Meu maior desafio atualmente é sustentar a excelência do aplicativo e manter o alto padrão de desenvolvimento que foi a premissa no início, quando começamos do zero. Qual dos mimos (benefícios) oferecidos pela empresa mais agrada?
Valorizo muito a liberdade e a autonomia que temos aqui dentro. A partir do momento em que você mostra o seu trabalho, o espaço para colocar em prática as suas ideias é muito amplo. Não existe medo de errar porque nosso foco é ter agilidade na busca de soluções.
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7. Luiza Cipolotti Gurgel, 29 anos, xpeer - customer experience analyst
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7/12 (Divulgação)
Há quanto tempo está na empresa:
Nove meses. O que faz:
Faço parte da equipe de suporte ao cliente via chat, email e telefone. Também integro a equipe de produção audiovisual, responsável pelos vídeos do nosso canal do Youtube. O que achou mais legal ao começar a trabalhar no Nubank?
Logo na entrevista já notei que era o lugar para mim. Gente de chinelo e bermuda no trabalho, todo mundo trabalhando junto, jogando ping pong. Quando entrei e participei da primeira reunião semanal com a equipe inteira do Nubank (quando a gente fica sabendo o que a empresa está fazendo e os planos para o futuro) fiquei abismada com a fácil comunicação, a transparência entre todas as áreas e a ambição de todo mundo ali em dar o melhor de si para um crescimento contínuo e em conjunto. Parece romântico, mas é a mais pura verdade, e até hoje é assim! O que é mais desafiador na sua rotina?
No momento, é conciliar as duas funções que exerço. Em ambas, estou tentando dar autonomia ao cliente, mostrando pra ele como é fácil utilizar nosso app e nossos serviços. De forma direta, tirando suas dúvidas no atendimento, e de forma criativa, por meio dos vídeos do YouTube. Acaba sendo pouco tempo para a infinidade de possibilidades nos dois meios. Qual dos mimos (benefícios) oferecidos pela empresa mais agrada?
Sem dúvida, o terraço. Não conheço outra empresa de mesmo porte que faça tanto e invista tanto para que o colaborador aproveite o tempo “off duty”. Tem quadra de futebol society e basquete, mesas e cadeiras para almoçar ao ar livre, geladeira de cerveja, mesas de ping pong. Tudo isso com direito a uma vista incrível de São Paulo.
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8. Max Braga, 26 anos, customer experience leader
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8/12 (Divulgação)
Há quanto tempo está na empresa:
Um ano e quatro meses. O que faz:
Sou coordenador de relacionamento e hoje trabalho especificamente na área de pagamentos e controles internos (P&C). Nosso maior foco está na resolução de dúvidas relacionadas a pagamentos e minha posição também envolve contribuir para o desenvolvimento contínuo da nossa equipe. O que achou mais legal ao começar a trabalhar no Nubank?
O ambiente de trabalho do Nubank é incrível! O espaço físico já era demais na época do nosso antigo prédio, e agora conseguiu ficar ainda melhor. Esse clima contribui muito para que o trabalho em equipe possa fluir e por nosso DNA ser composto de pessoas de diversas nacionalidades, backgrounds e preferências, podemos contar com a colaboração de todos para o nosso desenvolvimento como pessoas e profissionais. O que é mais desafiador na sua rotina?
Como tudo aqui acontece muito rápido, precisamos ser extremamente ágeis e adaptáveis na implementação das mudanças, para que possamos alcançar os resultados projetados o mais rápido possível. Entretanto, é justamente essa dinâmica que faz com que cada dia no Nubank seja igualmente estimulante e desafiador! Qual dos mimos (benefícios) oferecidos pela empresa mais agrada?
Para mim, o maior benefício do Nubank com certeza é a possibilidade diária de aprendizado e integração. Temos diversos grupos de interesse que realizam atividades na busca de aperfeiçoar habilidades. Isso vai desde esportes e jogos de tabuleiro até grupos de práticas de oratória e estudos de programação. Ter tudo isso tão acessível é fabuloso!
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9. Rachel Yacobian Jordan, 20 anos, user experience designer intern
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9/12 (Divulgação)
Há quanto tempo está na empresa:
Oito meses. O que faz:
Crio imagens para as redes sociais, participo da estruturação de testes com usuários, desenvolvo as interfaces finais e experiência de uso do aplicativo nas três plataformas utilizadas (Windows, Android e IOS). O que achou mais legal ao começar a trabalhar no Nubank?
O ambiente de trabalho é incrível, também há muita atenção e constante feedback vindo dos designers seniores em relação ao meu desempenho. O que é mais desafiador na sua rotina?
Não ter medo de errar, sempre buscar maneiras de me superar e manter o máximo de atenção em todos os detalhes. Qual dos mimos (benefícios) oferecidos pela empresa mais agrada?
A possibilidade de trabalhar nas redes no terraço e a presença constante de pets maravilhosos.
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10. Sabrina Fagundes Souza de Oliveira, 16 anos, nubie - jovem aprendiz
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10/12 (Divulgação)
Há quanto tempo está na empresa:
10 meses. O que faz:
Ajudo no processo de contratação de business analysts. O que achou mais legal ao começar a trabalhar no Nubank?
A primeira coisa que eu amei no Nubank foi o ambiente super agradável, em todos os sentidos. Ao mesmo tempo, também percebi que aqui é como um poço, cheio de conhecimento onde se pode aprender o que quiser. Principalmente para quem está começando uma carreira como eu, isso foi muito importante para mim. Aprendi coisas novas que antes de entrar no Nubank nem sabia que existiam. O que é mais desafiador na sua rotina?
Talvez aprender coisas que nunca vi antes. Às vezes é um pouco desafiador, mas no final é gratificante. Qual dos mimos (benefícios) oferecidos pela empresa mais agrada?
As frutinhas que temos todos os dias às 10h e às 16h. E também os lugares diferentes, como a sala de jogos, biblioteca e o terraço.
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11. Vitor Guarino Olivier, 27 anos, engenheiro financeiro
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11/12 (Divulgação)
Há quanto tempo está na empresa:
Dois anos e sete meses. O que faz:
Sou responsável pelo elo entre software e finanças no Nubank. Desde o início tínhamos a ideia que precisaríamos utilizar software para nossas todas decisões e ações. A área financeira, que é o coração de uma fintech, precisava do mesmo tratamento. Desta maneira, não só desenvolvemos dentro de casa software comumente terceirizado (como contabilidade e gestão de caixa), como conseguimos inovar no processo. Hoje nossa contabilidade operacional é em tempo real, nossas linhas de crédito são geridas automaticamente, nossas taxas de juros são personalizadas por cliente e muito mais. O que achou mais legal ao começar a trabalhar no Nubank?
Para mim o mais importante sempre foi o sentimento de estar construindo algo que eu acredito profundamente. O que é mais desafiador na sua rotina?
Finanças requer um nível de precisão altíssimo. Não só por estar cuidando da saúde financeira da empresa, mas principalmente por estar cuidando do dinheiro de todos os nossos clientes. Estar certo 99% das vezes não é o suficiente. A busca por excelência é um desafio diário.
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12. Por falar em como é trabalhar em empresas "descoladas"
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12/12 (Luisa Melo/EXAME.com)