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Já ouviu falar nos executivos Nimby?

Entenda como agem os executivos Nimby, que até defendem mudanças na empresa, desde que não seja em seu território


	Executivos Nimby: quem são, como agem, onde vivem e - mais importante - porque essa espécie pode entrar em extinção (ainda bem!)
 (Getty Images)

Executivos Nimby: quem são, como agem, onde vivem e - mais importante - porque essa espécie pode entrar em extinção (ainda bem!) (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2015 às 19h00.

O  professor de marketing e gestão Seán Meehan, da escola de negócios IMD, na Suíça, usa a expressão not in my back yard (Nimby), ou “não no meu quintal”, para descrever a reação negativa de profissionais resistentes a mudanças. Num mundo em transformação, essa atitude se tornou motivo de preocupação em empresas. Em entrevista à VOCÊ S/A, Seán explica como aceitar novos cenários.

VOCÊ S/A - Onde é mais comum encontrar executivos resistentes?

Quanto mais formal e hierárquica a empresa for, mais haverá casos em que o executivo usa a autoridade para barrar novas iniciativas. Não raro ouvem-se reações do tipo: “Não na minha divisão”, assim, de forma verbalizada. 

VOCÊ S/A - Como agir nessa hora?

Assuma que inicialmente as pessoas não são a favor de mudanças, não importa o que digam. E tente conquistar 50% do grupo. Depois encontre uma maneira de fazer com que os 50% que não concordam digam direta e claramente suas posições. Nem estou falando necessariamente das especificidades do negócio, mas sobre as pessoas que não querem mudar a maneira como trabalham.

VOCÊ S/A - Profissionais experientes são mais resistentes? 

Sim. Normalmente, acreditam que trabalharam duro para chegar lá e que proteger o que conquistaram com tanto esforço é fundamental. Só que, um belo dia, alguém chega e diz que a empresa vai entrar em um processo de transformação. Ele, que acreditava que havia alcançado a tão desejada posição e que finalmente teria um descanso, trava. 

VOCÊ S/A - Durante a crise, o medo das mudanças e até de perder o emprego fica mais agudo. Não seria esse um cenário mais favorável à proliferação dos executivos Nimby?

É fato que as pessoas ficam mais receosas durante períodos de crise. Têm medo de perder o emprego, diminuir a renda, afetar a qualidade de vida e tudo mais. É a realidade. Considerando isso, o trabalho da liderança é garantir a transparência e a boa comunicação durante essa fase. Explicar à equipe que tudo o que se faz ali é para garantir um futuro seguro a todos. Não se trata de salvar empregos, mas de salvar a empresa num momento difícil.

VOCÊ S/A - Quais atitudes os líderes devem tomar nesse momento?

A liderança deve explicar o plano de ação detalhadamente, mostrar como será a jornada e dizer como acredita que as coisas vão se desenrolar. Falta de clareza e de liderança é o que faz com que as empresas e os times vivam em permanente desconfiança e negatividade. Quando as pessoas compreendem a situação, colocam-se à disposição para enfrentar as mudanças necessárias.

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