Livros para crianças (Getty Images/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 7 de junho de 2022 às 15h49.
Última atualização em 8 de dezembro de 2023 às 11h31.
Por Diogo Arrais, professor de português (@diogoarrais)
Infantojuvenil. É assim a grafia em acordo ao padrão. O leitor encontrará esse registro no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) e nos dicionários (Houaiss, Aurélio) em acordo à ortografia vigente.
O grande mestre Evanildo Bechara, em seu mais recente dicionário de dúvidas da língua portuguesa, é enfático: “Escreve-se junto, sem hífen – livros infantojuvenis”.
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Tal tema evoca a base XV, do Novo Acordo Ortográfico, em relação ao uso de hífen:
Nas palavras compostas por justaposição cujos elementos (substantivos, adjetivos, numerais ou verbos) constituem uma nova unidade morfológica e de sentido, mantendo o acento próprio, ainda que o primeiro elemento esteja reduzido, haverá o uso de hífen: sócio-gerente, arco-íris, afro-luso-brasileiro.
No caso de “infanto”, por não ser um termo autônomo, a norma traz: alguns compostos em que se perdeu a noção de composição grafam-se como uma única palavra. Exemplos: paraquedas, paraquedista, passatempo e... infantojuvenil.
Para a compreensão, pensemos no termo “socioeconômico”: esse “sócio” não é autônomo; é apenas uma redução de “social”; tem o espírito de prefixo. Por isso, não deve haver uso de hífen: sociopolítico, socioeconômico, sociocultural, sociolinguístico".
Se o termo fosse um substantivo (daí autônomo), teríamos outros possíveis termos, com o uso de hífen: sócio-presidente, sócio-fundador, sócio-torcedor.
Pense novamente no termo “infanto”. Consegue perceber como ele é parte do termo, mas não independente? Assim, o ortográfico é infantojuvenil.
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DIOGO ARRAIS
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Professor de Língua Portuguesa
Fundador do ARRAIS CURSOS
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