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A cultura organizacional importa ao escolher um emprego?

Muitas vezes ignorada na hora de escolher uma empresa a cultura organizacional é fator determinante para o sucesso profissional

Empreendedorismo: “Bootstraping não pode ser encarado como se fosse legal, divertido ou um fim em si mesmo. Bootstraping é só um meio, não um fim" (Getty Images)

Empreendedorismo: “Bootstraping não pode ser encarado como se fosse legal, divertido ou um fim em si mesmo. Bootstraping é só um meio, não um fim" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 07h57.

São Paulo - Um erro comum das pessoas ao escolher uma empresa é analisar apenas o cargo e benefícios. Segundo especialistas, o segredo do sucesso é conferir se há aderência entre valores pessoais e a cultura do lugar. Uma empresa ideal para um, pode não servir para outro, ou pode fazer sentido apenas em determinado momento da carreira.

“Uma adequação entre a cultura organizacional os valores e objetivos de um novo executivo é requisito para uma relação de longa duração e sucesso”, diz Servaas Weijers, da Headhunters Brazil. “Infelizmente, a cultura organizacional ainda é subestimada, pois o foco ainda está no curto prazo”, completa Servaas.

Falar em cultura organizacional é explicar a dinâmica e forma de agir da empresa: por exemplo, uma empresa que tem espírito empreendedor, que dá autonomia, beneficia desempenho, tem clima informal, é flexível e orientada para o mercado. São características que tem a ver com o DNA da empresa e que balizam os programas de RH.

Muitas empresas de destaque possuem forte cultura organizacional, mas para boa parte das empresas brasileiras essa prática ainda é incipiente. “É normal que as empresa tenham um discurso mais arrojado do que a pratica em si, por isso a decepção das pessoas tende a ser grande”, afirma Jorge Matos, presidente da Etalent, do Rio de Janeiro.

Do ponto de vista do candidato, ele precisa fazer essa leitura tanto em relação ao próprio perfil quanto a empresa, para não perder tempo entrando em uma empresa que pode ser causa de frustração em poucos meses. “O candidato precisa refletir sobre a própria formação, experiência e aspirações para o futuro. Pensar ‘o que eu quero, onde me encaixo?”, diz Marcelo Ferrari, diretor sênior de novos negócios da Mercer.

Essa reflexão também exige pesquisa em sites das empresas e leitura de reportagens jornalísticas. Outra estratégia é conversar com pessoas que conhecem o mercado e que já tenham trabalhado na empresa em questão. Em um milhão de informações e também pessoas que já trabalharam na empresa e conhecem o mercado.

O segredo é o autoconhecimento. “As pessoas ainda tem uma preocupação muito grande com o que é socialmente aceitável. Recentemente, mapeamos um executivo que não tem perfil trabalhar com liderança, e que está em uma zona de sofrimento enorme. Para algumas pessoas é quase inaceitável se aceitar como diferença”, afirma Maria Candida.

Pessoas mais jovens costumam ter dificuldades em saberem o que querem, por isso, até podem arriscar uma oportunidade. “Em três meses em uma empresa já dá para saber como a banda toca. Se uma pessoa esperava mais apoio do chefe, menos trabalho, mais desafio, ou mais treinamento, melhor pensar em mudar, pois depois desse período, dificilmente as coisas mudam”, diz Marcelo.

Ele ressalva, no entanto, que certas coisas a empresa sinaliza para prazos maiores. “Ela oferece algumas coisas no primeiro ano e se o funcionário estiver de acordo com o perfil e bons resultados, ela começa a investir mais”, completa.

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