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Homens asiáticos ganham corrida de salário por hora nos EUA

Os homens ganham mais do que as mulheres, e os brancos mais do que os negros. Mas os asiáticos são os que mais ganham quando se considera sexo e raça


	Executivo: no que diz respeito aos trabalhadores de tempo integral ou de meio período com 16 anos ou mais, a mediana dos salários por hora dos homens asiáticos foi de US$ 24 no ano passado
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Executivo: no que diz respeito aos trabalhadores de tempo integral ou de meio período com 16 anos ou mais, a mediana dos salários por hora dos homens asiáticos foi de US$ 24 no ano passado (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2016 às 17h43.

Os homens ganham mais do que as mulheres nos EUA. Os brancos ganham mais do que os negros.

Mas sabe quem fica em primeiro quando a mediana do salário por hora é dividida por sexo, raça e etnia? Os homens asiáticos.

O Pew Research Center analisou os dados da Pesquisa da População Atual dos EUA e descobriu que, no que diz respeito aos trabalhadores de tempo integral ou de meio período com 16 anos ou mais, a mediana dos salários por hora dos homens asiáticos foi de US$ 24 no ano passado, contra US$ 21 para os homens brancos.

A mediana dos salários por hora das mulheres asiáticas ficou em US$ 18, contra US$ 17 para as mulheres brancas.

E em uma ligeira guinada da noção geral de desigualdade de salário entre gêneros, as mulheres brancas e asiáticas superaram os homens negros e hispânicos, cujas medianas de salário por hora em 2015 foram de US$ 15 e US$ 14, respectivamente.

O nível de instrução, é claro, tem peso: aqueles que têm títulos universitários de quatro anos ganham mais do que os que não têm e os asiáticos, comparativamente, têm uma educação melhor.

Cinquenta e três por cento dos adultos asiáticos com 25 anos ou mais tinham pelo menos bacharelado em 2015, contra 36 por cento dos brancos, 23 por cento dos negros e 15 por cento dos hispânicos. Enquanto isso, 21 por cento dos asiáticos com 25 anos ou mais tinham mestrado ou doutorado, contra 14 por cento dos brancos.

Se limitarmos a amostra aos americanos com 25 anos ou mais com título de bacharelado, no mínimo, os homens asiáticos ainda ficam à frente, com uma mediana de salário por hora de US$ 35 em 2015, contra US$ 32 para os homens brancos.

Pelo lado feminino, a mediana do salário por hora foi de US$ 27 para as mulheres asiáticas na mesma faixa etária, contra US$ 25 para as mulheres brancas (e US$ 25 e US$ 26 para homens negros e hispânicos, respectivamente).

Aprofundando-se um pouco mais, a mediana do salário por hora para homens asiáticos e brancos com 25 anos ou mais que possuem apenas bacharelado foi igual em 2015 (US$ 30); os homens asiáticos ganharam mais entre aqueles com mestrado ou doutorado (US$ 40 contra US$ 37). E entre as mulheres, as asiáticas que têm apenas bacharelado ganharam mais do que as brancas (US$ 25 a US$ 23), assim como aquelas que têm mestrado ou doutorado (US$ 31 contra US$ 29).

Richard Fry, economista sênior do Pew, disse acreditar que a desigualdade de salário está relacionada aos campos de estudo nos quais os homens asiáticos obtêm mestrado ou doutorado e às ocupações que eles escolhem na comparação com os homens brancos.

Ele pontua, contudo, que não observou os detalhes sob esse aspecto. No entanto, a implicação é que os homens asiáticos podem, como resultado desses fatores, conseguir empregos mais bem remunerados.

Ele também alerta que a comunidade asiática nos EUA é bastante diversa. As coisas podem não ser iguais entre coreanos e cambojanos que moram no país, por exemplo.

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