(jacoblund/iStockphoto)
Redação Exame
Publicado em 11 de janeiro de 2024 às 10h01.
Última atualização em 12 de março de 2024 às 13h49.
Um plano de carreira bem desenvolvido ajuda o RH a traçar estratégias que levam grandes talentos até o seu máximo potencial dentro da companhia.
Tanto o RH quanto o time de gestão devem prestar atenção nesse material, desde os momentos de construção, até a sua execução. Neste conteúdo, além de explicar o que é plano de carreira, vamos diferenciar os principais tipos existentes.
Um plano de carreira é um documento que define os objetivos profissionais dos colaboradores da empresa. O material serve como um guia que direciona tanto os gestores e RH, quanto o próprio colaborador, para que todos entendam as possibilidades de progresso e o que é preciso fazer para alcançá-las.
Do lado do colaborador, ele terá a visibilidade das ações, entregas e comportamentos necessários para alcançar os próximos passos de sua carreira e quais são essas possibilidades dentro da companhia. Poderiam ser cargos de especialista ou gestão, a depender das skills, objetivos da empresa e objetivos pessoais.
Quanto mais prático e estruturado, melhores são as taxas de alcance. Isso pode ser feito por meio de metas com prazos de início e fim, além de ferramentas que a empresa pode oferecer para viabilizar o sucesso do plano.
Não há apenas um tipo de progressão de carreira. Dependendo do perfil do colaborador — e dos seus desejos profissionais — é possível desenvolver diferentes linhas de evolução.
No plano linear, a carreira do profissional segue uma linha pré-estabelecida. Depois de X meses ou anos evolui para o cargo Y, por exemplo. Em outro exemplo, após fazer uma pós-graduação, a pessoa evolui para o cargo Z. Este plano é mais comum em carreiras como o serviço público ou empresas tradicionais, com processos bem mais específicos.
O plano em Y existe para diferenciar profissionais com aptidão de liderança e aqueles que se dão melhor como especialistas. Todos começam na mesma base — estágio, assistente, analista júnior, analista pleno, analista sênior — e, em seguida, escolhem entre especialização e gestão.
Esse formato é interessante porque considera dois tipos de talentos valiosos para a companhia: aqueles que dominam suas áreas de maneira técnica e aqueles que se dão bem em diversas áreas, com perfil versátil, enquanto líderes.
O plano em rede é similar ao Y — o colaborador pode escolher entre diferentes áreas de atuação — mas existe uma variedade maior de cargos. Geralmente, antes de fazer a sua escolha, ele já passou por diferentes posições.
Startups ou multinacionais com programas de trainee são dois exemplos de empresas que oferecem a oportunidade do colaborador ter experiências em diferentes áreas. Uma pessoa com background em Marketing poderia atuar no setor de Comunicação, Vendas, Inbound e Redes Sociais, por exemplo.
Tendo essa experiência multidisciplinar, poderia escolher entre especialista ou gestão em qualquer uma dessas áreas — caso haja necessidade.
Para entender como fazer um plano de carreira, vamos pensar no gestor/RH focados em uma área específica. Poderia ser o time de vendas, por exemplo. Comece pela análise pessoal de cada colaborador: quais são seus pontos fortes e fracos? Em quais competências se destacam?
Neste momento, vale cruzar as informações com o Plano de Desenvolvimento Individual — também chamado de PDI.
Em seguida, alinhe os objetivos dos colaboradores com os da empresa. Existe espaço de crescimento possível para adaptar ao que o time deseja? Nem sempre essa resposta é a ideal para todos os membros da equipe, mas o importante é traçar caminhos e endereçar os melhores talentos para as funções que melhor se adequem aos perfis.
Encontrando a adequação entre empresa e colaborador, considere pontos como:
O setor de RH e a gestão do colaborador devem estar prontos para revisitar o plano sempre que houver oportunidade.
O plano de carreira é importante, principalmente, para que o colaborador conheça as possibilidades de crescimento oferecidas pela empresa. Um dos maiores motivos que geram a desmotivação é não ter clareza do que fazer para alcançar uma promoção ou como a empresa vê o crescimento daquela pessoa dentro da companhia.
Esse alinhamento é capaz de promover pontos como:
Com os pontos de importância que listamos acima, o plano de carreira é uma ferramenta capaz de formar grandes talentos, que saibam para onde estão caminhando profissionalmente e entendam o quanto a empresa está alinhada com esses objetivos.
Essa clareza é fundamental para que profissionais motivados permaneçam na empresa — diminuindo o turnover, taxa que pode ter relação com os níveis de satisfação e motivação da equipe.
De forma geral, é um documento que deve estar presente em todas as empresas que desejam formar e reter profissionais motivados, além de tornarem os processos de gestão de pessoas mais eficientes.