Carreira

A técnica que Charles Darwin usava para ser mais produtivo nos estudos

O pai da teoria da evolução gastava diariamente apenas 4h30 estudando e fazia pausas para dormir, caminhar ou ouvir um romance narrado em voz alta

Diandra Guedes
Diandra Guedes

Colaboradora

Publicado em 9 de dezembro de 2024 às 11h10.

Última atualização em 9 de dezembro de 2024 às 15h50.

Considerado o pai da teoria da evolução, Charles Darwin gastava apenas 4,5 horas por dia se dedicando aos seus estudos. É o que garante Alex Soojung-Kim, diretor da organização 4 Day Week, fundador da Restful Company e pesquisador visitante na Universidade de Stanford.

Em seu livro Rest: Why You Get More Done When You Work Less (Descanso: Como trabalhar menos e produzir mais, em tradução livre), ele comenta que o naturalista britânico organizava sua rotina entre pesquisas científicas e sonecas pontuais, sendo o tempo produtivo dividido em três períodos de 90 minutos por dia.

Darwin começava seus estudos às 8h da manhã e se dedicava até às 9h30. Durante o ócio, fazia uma pausa para ler, escrever cartas e ouvir um romance lido em voz alta, e só retornava ao trabalho às 10h30.

Ao meio dia, saia para passear próximo à sua casa em Londres. Quando retornava, tirava uma soneca e só voltava aos estudos às 16h. Encerrava suas atividades às 17h30 e ia jantar com a família.

De acordo com Soojung-Kim, o tempo de descanso, para Darwin, era tão importante quanto o produtivo. Mesmo com poucas horas de trabalho — se comparado à rotina da maioria dos trabalhadores brasileiros — o cientista conseguiu publicar 19 livros, sendo um deles "A Origem das Espécies", uma das obras mais influentes da história da ciência.

Tal rotina vai ao encontro de teorias que argumentam que os funcionários conseguem ser mais produtivos se tiverem direito a mais tempo de descanso. Esse argumento tem sido debatido quando se fala da redução da escala 6x1 (trabalha 6 dias e descansa 1) para o modelo 5x2. 

O que Charles Darwin mais gostava de fazer?

Uma das principais curiosidades sobre a vida do cientista diz respeito aos seus momentos de lazer. A maioria das publicações citam que além de se dedicar às caminhadas, Darwin gostava de colecionar rochas, plantas e animais, como insetos.

Aos 16 anos passou a estudar medicina e se interessar pelo funcionamento do corpo humano. Apesar de não ter se identificado com o curso, a experiência foi importante para que ele aprendesse mais sobre taxonomia das espécies.

Mais tarde, Darwin viajou por cinco anos a bordo do navio HMS (Her Majesty Ship) Beagle, coletando uma grande quantidade de animais e vegetação que foram fundamentais para seus trabalhos sobre fauna e flora e evolução das espécies.

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