Uma margem de lucro líquido alta indica que a empresa está controlando bem seus custos (Freepik/Freepik)
Publicado em 20 de setembro de 2024 às 13h49.
Última atualização em 20 de setembro de 2024 às 14h10.
Dominar os principais indicadores financeiros é essencial para quem deseja ter conversas mais estratégicas com o CFO (Chief Financial Officer) e contribuir de forma mais efetiva para a gestão da empresa. Conhecer e entender os indicadores que o CFO usa no dia a dia permite não apenas acompanhar as decisões financeiras, mas também apresentar sugestões e soluções baseadas em dados concretos. Abaixo estão seis dos indicadores financeiros mais relevantes para falar de igual para igual com o CFO.
O EBITDA é um dos indicadores mais utilizados pelos CFOs para avaliar o desempenho operacional de uma empresa, excluindo os efeitos de decisões financeiras, impostos e depreciação. Ele mostra a capacidade da empresa de gerar lucro apenas com suas operações principais. O EBITDA é uma métrica importante para comparações entre empresas, pois elimina as variações causadas por diferentes políticas tributárias e estruturas de capital.
Exemplo de uso: O CFO pode analisar o EBITDA para medir a eficiência operacional e comparar a rentabilidade com concorrentes no mesmo setor.
A margem de lucro líquido representa a porcentagem de receita que resulta em lucro após a dedução de todos os custos, despesas, impostos e juros. Esse indicador mostra quão eficiente a empresa é em transformar receitas em lucro real. Uma margem de lucro líquido alta indica que a empresa está controlando bem seus custos, enquanto uma margem baixa pode indicar ineficiências.
Exemplo de uso: Ao discutir estratégias de corte de custos ou aumento de receita, o CFO pode utilizar esse indicador para entender o impacto das decisões no resultado final da empresa.
O giro do ativo mede a eficiência da empresa em utilizar seus ativos para gerar vendas. Ele é calculado dividindo-se a receita total pelo valor dos ativos. Esse indicador ajuda a avaliar como a empresa está utilizando seus recursos e ativos para gerar receita e, quanto maior o giro do ativo, melhor a empresa está aproveitando seus investimentos em ativos.
Exemplo de uso: Se o CFO deseja aumentar a eficiência operacional, ele pode monitorar o giro do ativo para identificar áreas onde os recursos estão sendo subutilizados.
O fluxo de caixa operacional é uma métrica crítica para entender a liquidez da empresa no curto prazo. Ele indica quanto dinheiro a empresa está gerando a partir de suas operações, excluindo financiamentos e investimentos. Esse indicador é importante porque, mesmo que uma empresa seja lucrativa, sem um fluxo de caixa operacional positivo ela pode enfrentar dificuldades para honrar suas obrigações no dia a dia.
Exemplo de uso: O CFO utiliza o fluxo de caixa operacional para garantir que a empresa tenha caixa suficiente para continuar operando sem precisar de financiamento externo a curto prazo.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) mede a rentabilidade gerada para os acionistas da empresa. Ele é calculado dividindo o lucro líquido pelo patrimônio líquido dos acionistas. O ROE é um indicador importante porque mostra o quanto a empresa está conseguindo gerar de retorno sobre o investimento dos seus acionistas.
Exemplo de uso: O CFO pode usar o ROE para avaliar se a empresa está entregando valor aos acionistas e se as decisões estratégicas estão proporcionando um bom retorno.
A relação dívida líquida/EBITDA mede o nível de endividamento da empresa em relação à sua capacidade de gerar lucro operacional. Esse indicador é essencial para entender o grau de alavancagem financeira da empresa. Um valor elevado pode indicar que a empresa está muito endividada e pode ter dificuldades em cumprir suas obrigações financeiras no futuro.
Exemplo de uso: O CFO monitora essa métrica para garantir que a empresa mantenha níveis de endividamento saudáveis e que tenha capacidade de gerar lucro suficiente para pagar suas dívidas.
Compreender esses seis indicadores financeiros é fundamental para ter conversas produtivas e estratégicas com o CFO da empresa. Eles fornecem uma visão clara da saúde financeira, eficiência operacional e capacidade de gerar lucro, além de auxiliar na tomada de decisões informadas.