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Globo terá que recontratar jornalista Izabella Carmargo

Jornalista foi demitida em outubro e alegou que foi punida por ter tido síndrome de burnout e tirado licença médica

Jornalista Izabella Camargo (Angela Rezé/Divulgação)

Jornalista Izabella Camargo (Angela Rezé/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2019 às 17h58.

Última atualização em 8 de julho de 2019 às 11h50.

São Paulo -  Demitida da Globo em outubro do ano passado, a jornalista Izabella Carmargo deverá ser reintegrada ao quadro de funcionários da emissora.

Assim decidiu o juiz do trabalho José Aguiar Linhares Lima Neto, da 24° Vara do Trabalho, segundo informou a VEJA. A notificação chegou pelas mãos de um oficial no começo da tarde desta quinta-feira, 4, ao prédio da Globo em São Paulo (SP).

A EXAME, a assessoria da Globo afirmou que não comenta ações sub júdice, ou seja, que ainda aguardam uma sentença final.

Por sua parte, a jornalista também afirmou a EXAME que o processo está sob segredo de justiça, mas comentou: "a decisão pode beneficiar todos que sofrem suas dores invisíveis e foram prejudicados por desenvolverem problemas físicos ou mentais nos ambientes profissionais".

Na época da demissão, ela alegou que foi uma punição, já que aconteceu logo após ela retornar de licença médica por desenvolver sintomas de estresse crônico profissional, uma doença conhecida como síndrome de burnout.

A saúde da jornalista começou a se deteriorar por conta dos horários e carga de trabalho. Ela era responsável pela previsão do tempo dos programas Hora 1 e do Bom Dia Brasil desde 2014.

Sua jornada de trabalho começava às 3h da madrugada, com quatro entradas durante o primeiro programa em que ficava até 20 minutos dando as informações de meteorologia. Izabella também participava do segundo programa. Ela pediu para mudar seu turno, mas não conseguiu.

Antes de sair de licença médica, ela sofreu um apagão ao vivo, enquanto falava com o apresentador José Roberto Burnier, âncora do Em Ponto, em agosto.

Segundo VEJA, o juiz do trabalho José Aguiar Linhares Lima Neto decidiu que a demissão não tem validade porque foi feita no período de estabilidade. Quando um funcionário volta de licença médica têm um período de tempo em que adquire estabilidade de emprego, não podendo ser demitido, o que não foi respeitado pela emissora.

Ainda de acordo com decisão da Justiça, a jornalista não poderá trabalhar no período da madrugada, para evitar o agravamento do problema.

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