Carreira

No Ibis, jovens apressadinhos se tornam gerente antes dos 30

A empresa não exige experiência de quem não tem graduação, e costuma ser a porta de entrada de muitos jovens no mercado de trabalho

Time de trainees do Ibis: autonomia para  tomar decisões (Omar Paixão/EXAME.com)

Time de trainees do Ibis: autonomia para tomar decisões (Omar Paixão/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2013 às 13h35.

São Paulo - A rede de hotéis Ibis é considerada a marca jovem entre as seis bandeiras do grupo francês Accor. Com ambiente descontraído, que dialoga com a proposta de estruturas enxutas e tarifas mais baixas, a rede é a única marca do grupo em que a equipe não precisa usar terno e gravata.

Por não exigir experiência de quem não tem graduação, costuma ser a porta de entrada de muitos jovens no mercado de trabalho. Quem mostra serviço pode subir de posto a cada seis meses. “A proposta é formar o profissional e dar oportunidade para que cresça com experiência em todas as áreas.”, explica Fernando Medeiros, diretor de RH da Accor.

Para isso, a empresa investe pesado em treinamentos e na multiplicação de conhecimentos. Para cada posição, há um currículo básico de cursos que deve ser cumprido pelo funcionário. 

Apesar do ótimo pacote de benefícios, o salário não é um atrativo no Ibis. O que estimula os jovens apressadinhos é a possibilidade real de chegar a gerente-geral antes dos 30. Prova disso é que dos 57 gerentes 23% têm até 30 anos. E o índice sobe para 60% no caso dos assistentes de gerente, cargo que equivale ao de subgerente.

Lembrando que esse assistente está longe de ser café com leite e pode responder, inclusive, jurídica e financeiramente pelo hotel onde trabalha. Para quem quer ser um futuro líder — para cargos de gestão é exigido faculdade e pelo menos o inglês na ponta da língua —, é preciso ter disponibilidade para mudanças, afinal, a rede tem 53 hotéis no Brasil e até 2014 devem ser abertos outros 40. Fazer carreira internacional é uma possibilidade concreta por lá, já que são mais de 800 unidades no mundo.

A autonomia é um ponto de destaque no Ibis. Nos hotéis da rede, todos os funcionários são treinados para solucionar qualquer problemas em até 15 minutos. Às vezes, mais de um “abacaxi” ao mesmo tempo.

“Já aconteceu de eu estar administrando um assalto e ter de dar um jeito porque acabou o estoque de Coca-Cola!”, conta uma assistente. Trabalho realmente é o que não falta. Os quadros são enxutos até para não impactar nas tarifas. Não raro, se trabalha mais de dez horas por dia.

Mas o que compensa é a flexibilidade para resolver questões pessoais. “As equipes funcionam como famílias, pois muita gente não trabalha na sua cidade de origem”, explica um assistente. Por causa disso, existe muita proximidade com os chefes. “Como muitos gerentes começaram de baixo, eles conhecem as dificuldades de quem está iniciando na carreira”, diz outro colaborador.  

Espaço para o diálogo não falta. A empresa incentiva a comunicação com a galera por meio de duas ações. Uma delas é o Programa Frente a Frente, que ocorre mensalmente em cada unidade e no qual cada gerente se reúne com a equipe para avaliar o trabalho.

A cada dois meses acontece também o Mesa Aberta, pelo qual integrantes de cada unidade são convidados a participar de uma reunião com os diretores da marca. E há uma ferramenta formal para as pessoas que querem expor suas ideias.

O Programa Innovacor, um instrumento de gestão disponível na internet para todos os colaboradores do Grupo Accor, oferece a oportunidade de propor ideias e projetos que, se colocados em prática, rendem recompensas inclusive em dinheiro. Por todas essas razões, quem passa pelo Ibis se diz preparado para atuar em qualquer marca da rede ou no mercado. “Saímos completos”, garante um assistente.

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