A tendência é que, no futuro não muito distante, as pessoas precisarão de uma requalificação profissional (Freepik/Divulgação)
Repórter
Publicado em 18 de agosto de 2024 às 08h07.
Países de economias emergentes estão liderando a adoção da inteligência artificial, com altas taxas de uso principalmente em nações da Ásia, África e América Latina, afirma pesquisa global “How Work Preferences Are Shifting in the Age of GenAI” realizada pelo Boston Consulting Group (BCG), em parceria com The Network e The Stepstone Group.
O estudo contou com entrevistas de 150 mil trabalhadores de 188 países, incluindo o Brasil que traz destaque em relação à média global:
“Os brasileiros esperam melhores programas de aprendizado (53%), entender que habilidades precisam aprender (45%), ter mais recursos financeiros (40%), mais apoio do empregador (30%), mais tempo (27%), melhor acesso à internet (17%) e maior apoio governamental (12%) para continuar sendo destaque em IA no mercado global”, afirma Santino Lacanna, sócio do BCG.
Globalmente, indivíduos mais jovens, especialmente aqueles com menos de 20 anos, lideram a adoção da tecnologia, com uma taxa significativa de 50%, aponta o estudo. Em contrapartida, o uso diminui conforme a idade avança com:
Além do interesse de acordo com a faixa etária, outros desafios para a adoção da tecnologia no Brasil são:
"O cenário global de trabalho está mudando rapidamente, impulsionado por avanços tecnológicos e pela GenAI”, afirma Lacanna. "As empresas precisam se adaptar a essas novas demandas e investir em programas de requalificação e segurança no emprego para atrair e reter talentos”.
Entre as áreas que estão investindo mais em IA no Brasil, Lacanna destaca:
A tendência é que, no futuro não muito distante, as pessoas precisarão de uma requalificação profissional, como citado por 57% dos respondentes da pesquisa, afirma o executivo.
“De acordo com o levantamento, as profissões que estão mais dispostas a se aperfeiçoar em qualquer caso são os serviços e hospitalidade (71%), serviços financeiros (67%) e transporte, logística e gestão da cadeia de suprimentos (64%)”, diz Lacanna.