Time da MAN Latin America: horário flexível até mesmo na fábrica (André Valentim/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2013 às 19h20.
Resende - O horário flexível é uma realidade tão forte na MAN Latin America que os jovens o consideram um benefício. Quem precisa sair mais cedo, chegar mais tarde ou até faltar por causa de provas e trabalhos da faculdade negocia direto com o gestor. Simples assim. Sem qualquer interferência do RH.
Desde 2009, a montadora de caminhões e ônibus das marcas MAN e Volkswagen, mesmo tendo sistema fabril, não utiliza máquinas de ponto. O monitoramento de eventuais excessos na carga horária é feito por meio do controle de entrada e saída da portaria. Mas, segundo os jovens, nem precisava.
Eles são categóricos ao afirmar que a empresa está preocupada com a qualidade de vida deles, o que se reflete na alta nota — uma das maiores do Guia — que deram à companhia nesta categoria. A organização também incentiva a prática de esportes e promove os Jogos da Amizade na unidade de Resende.
Em São Paulo, os colaboradores têm academia de ginástica e sessões de massagem gratuitas. Além disso, a MAN garante a eles autonomia. “Você ganha responsabilidade, não precisa pedir a bênção de ninguém para fazer isso ou aquilo, você toca a sua lojinha”, diz um jovem.
Independentemente do cargo que ocupam, todos são chamados para participar de tomadas de decisão que provoquem mudanças na área, e os gestores estão sempre criando oportunidades para colocar os mais novos em evidência — sugerindo que disparem convocações para a equipe, abram reuniões de trabalho ou exponham suas opiniões.
Há várias portas de entrada para os mais novos na montadora, todas elas muito bem estruturadas e consolidadas: Programa Jovem Aprendiz, Programa Formare (voltado a jovens carentes cuja renda familiar não ultrapasse um salário mínimo por mês), Programa de Estágio e Programa de Trainee.
A empresa participa, anualmente, de pelo menos cinco feiras em universidades, tem página no Facebook (MAN Careers, curtida por mais de 3 000 pessoas) e desenvolveu, em parceria com a Fundação Dom Bosco, de Resende, o curso de graduação em engenharia automotiva.
São cerca de 70 vagas a cada ano entre os programas de estágio e trainee. Os trainees têm de apresentar um projeto para a organização, submetido à aprovação da diretoria. Ao longo do período de um ano e meio de programa, eles participam de três reuniões para informar aos executivos o andamento do projeto.
“Você chega e a companhia fala o que você pode ser. E o funcionário sabe o que é necessário para ser promovido. Só depende da gente. Por isso, eu me sinto feliz em trabalhar aqui”, afirma um jovem.
Em 2011, 100% dessa galera passou por processo de assessment, que definiu o perfil psicológico de cada um. O objetivo: levá-los a enxergar se a função que almejam é condizente com o perfil de cada um, ao mesmo tempo que a empresa observa o que precisa desenvolver neles.