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Em investimentos, excesso de autoconfiança pode ser fatal

Quem busca soluções tecnológicas para facilitar o controle financeiro geralmente encontra boas ferramentas. A questão é: só isso adianta?

Ilustração - Ferramentas (Pedro Handam/EXAME.com)

Ilustração - Ferramentas (Pedro Handam/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 15h51.

São Paulo - Se você perguntar a um expert em tecnologia o que ele recomenda para seu controle financeiro, certamente ele terá uma relação de softwares fantásticos, que mapeiam detalhadamente seus gastos e investimentos.

Porém, esse profissional esquecerá de lhe dizer que, quanto mais completo for o software, mais horas de configuração ele demandará. Eu prefiro guardar comprovantes em uma gaveta e lançar meus gastos em uma planilha, uma vez por mês. Mesmo quando saio de férias, é fácil retomar a rotina na volta.

Da mesma forma, se você perguntar a um trader qual é o melhor investimento do mercado, ele provavelmente irá sugerir a estratégia composta de uma negociação a termo e mais um punhado de opções de compra e de venda. Para ele, talvez seja o arroz com feijão do mercado. 

Para quem não tem sequer conta em corretora de valores, porém, a recomendação está a anos-luz da prática.

É por esse motivo que, diariamente, nos deparamos com orientações divergentes ou contraditórias. Quando um especialista estuda um assunto, ele sabe do que está falando. Porém, nem sempre está falando para o público certo. Recomendar soluções não é tarefa simples. Requer do especialista uma grande capacidade de se colocar no lugar do outro e entender suas necessidades.

Quando, ao buscar soluções para a sua vida, você encontrar mais de uma resposta, não questione a capacidade do especialista. Questione-se, em primeiro lugar, sobre suas reais limitações e sobre sua capacidade de comunicar o que precisa.

Se estiver conversando pessoalmente com quem recomenda, não demonstre mais conhecimento do que realmente possui. Não adote uma postura segura quando você está com milhões de interrogações por dentro.

É essa atitude excessivamente autoconfiante que faz muitas pessoas adotarem escolhas erradas para seus investimentos e para suas ferramentas de controle.

Quando recomendo e não conheço o público a quem me dirijo, forneço orientações mais genéricas do que quando estou lecionando para 15 ou 20 alunos. Quando uma cooperativa concede crédito a seus cooperados (cujos perfis conhece muito bem), trabalha com taxas mais baixas do que bancos que atuam no amplo varejo. 

Adote ferramentas simples quando buscar soluções para suas escolhas financeiras e avance um passo de cada vez. Isso lhe dará maior segurança e trará mais resultados para seu bolso.

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